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Regeneração de células cerebrais indica que o corpo luta pela saúde mental

Publicado 21 Ago 2017 – 05:31 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, descobriram que cérebros de ratos adultos são capazes de regenerar neurônios da amígdala, região cerebral muito ligada a transtornos mentais. Por isso, essa recuperação celular inesperada pode estar associada a uma luta cerebral em prol da saúde mental.

Mas não confunda a amígdala do cérebro com as amídalas da boca. Embora o nome possa confundir, elas desempenham funções muito deferentes e ocupam lugares distintos no corpo.

Cérebro regenera células de área ligada a ansiedade

Em nosso cérebro, a região amigdalar "é um ponto-chave em uma série de distúrbios relacionados à ansiedade, incluindo ansiedade generalizada e estresse pós-traumático", informa o estudo australiano.

Por ser uma área ligada a respostas emocionais, como o medo, quando há conexões rompidas dentro dela, pode haver transtornos de ansiedade.

Ao observar, pela primeira vez, que a amígdala de ratos adultos regenera neurônios, a equipe de pesquisas acredita que isso possa ser uma maneira de lutar contra problemas ligados à saúde mental, justamente por essa região cuidar dessas questões. 

"Embora já se saiba que novos neurônios são produzidos no cérebro adulto, emocionalmente esta é a primeira vez que novas células foram descobertas na amígdala", disse em um comunicado à imprensa, o diretor do instituto que desenvolveu o estudo, professor Pankaj Sah.

Aplicação da descoberta

A descoberta pode influenciar na melhoria dos tratamentos para depressão, ansiedade e estresses vinculados a traumas. Além disso, também irá ajudar ciência e medicina a compreenderem melhor o funcionamento de todo o cérebro.

De acordo com Sah, a pesquisa tem implicações na compreensão do papel da amígdala na regulação do medo. Ele sugere que um dos próximos passos da pesquisa pode ser encontrar uma maneira de estimular a produção de novas células na amígdala. "[Isso] pode nos dar novos caminhos para o tratamento de distúrbios do processamento do medo".

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