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Número de espermatozoides no homem caiu 50% - e isso pode nos levar à extinção

Publicado 26 Jul 2017 – 03:37 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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O maior estudo já realizado sobre quantidade e qualidade de espermatozoides no sêmen humano liga um grande sinal de alerta para a humanidade. O trabalho publicado no jornal científico Human Reproduction Update, liderado pela Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, afirma que a queda na contagem de espermatozoides é tão acentuada que pode levar a um quadro de extinção da espécie em um futuro não tão distante.

Queda na quantidade de espermatozoides

O levantamento analisou os resultados de 185 diferentes estudos realizados em países da América do Norte, Europa e Oceania. A ampla amostra tem dados de 2.935 homens, entre 1973 e 2011, e constatou que a contagem de espermatozoides caiu pela metade nos últimos 40 anos.

Olhados com mais atenção, os dados mostram que houve uma queda de 52,4% na concentração de espermatozoides no esperma e de 59,3% na contagem total das células reprodutivas no sêmen.

Risco de extinção

"Os resultados são chocantes", disse Hagai Levine, principal autor da pesquisa, em comunicado. Há um debate na ciência e na medicina sobre se de fato há queda na contagem dos espermatozoides ou se há, na realidade, diferenças metodológicas na realização dos estudos - as primeiras evidências de problemas com esperma foram registradas em 1992. A presente pesquisa, que cruzou 185 trabalhos, é mais assertiva na resposta: há queda e ela é muito preocupante.

"Se não mudarmos a forma como estamos vivendo, a maneira como nos relacionamos com o ambiente e os produtos químicos aos quais estamos expostos, eventualmente podemos ter um problema grande relativo à nossa reprodução. E ele pode levar ao fim da espécie humana", afirmou o cientista.

Causas do problema

O trabalho publicado não dá conta de responder com exatidão o porquê de um decréscimo tão grande na contagem de espermatozoide no homem. Outros estudos, contudo, indicam potenciais fatores: alta exposição a produtos químicos usados em pesticidas, obesidade, sedentarismo, uso elevado de álcool e cigarro e índices elevados de estresse.

“Devido às implicações significativas para a saúde pública desses resultados, a pesquisa sobre as causas desse declínio contínuo é urgentemente necessária”, afirma o artigo científico.

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