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Cientistas descobrem evidências de grande quantidade de água no interior da Lua

Publicado 25 Jul 2017 – 10:15 AM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Há uma enorme quantidade de água no interior da Lua. Um estudo produzido por pesquisadores da Universidade de Brown e publicado na revista científica Nature Geoscience afirma ter encontrado evidências suficientemente consistentes para afirmar que abaixo do manto seco do satélite há uma enorme quantidade de água.

Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores cruzaram informações fornecidas por satélites com dados obtidos por espectrômetros (ferramenta que capta informações fornecidas pelo comportamento das ondas de luz) e, assim, puderam constatar que há água retida no interior das rochas lunares - e em volume bem maior do que era imaginado.

“Ao analisar os dados orbitais, podemos examinar grandes depósitos na Lua que nunca foram amostrados pelas missões Apollo e Luna. O fato de que quase todos depósitos exibirem presença de água sugere que o interior da Lua seja massivamente molhado”, afirmou Ralph Milliken, principal autor do trabalho, em comunicado.

A descoberta responde à questão posta entre os cientistas desde 2008. À época, as missões Apollo 15 e 17 encontraram vestígios de água em formatos cristalinos vulcânicos. Em 2011, as avaliações químicas sobre tais vestígios revelaram que havia, de fato, rochas com quantidades de água no manto do satélites - assim como basaltos na Terra - mas não havia indicações sobre presença massiva do líquido até agora.

E o que isso muda para a ciência? Por enquanto, abre mais dúvidas. Até então acreditava-se que a Lua deveria ser seco por dentro, pois toda quantidade de hidrogênio envolvida no processo de formação do satélite teria se extinguido devido a altas temperaturas. Novos estudos serão necessários para desvendar este novo mistério.

Por outro lado, os cientistas comemoram a presença de água em quantidades tão elevadas. O estudo afirma que o líquido poderia ser extraído das rochas e consumido normalmente por seres humanos. Dessa forma, seria mais fácil pesquisadores passarem mais tempo em campo durante viagens lunares - teriam uma fonte quase inesgotável de água no satélite.

Influências da lua 

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