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Cientistas estão mapeando como depressão age no cérebro: cada parte gera um sintoma

Publicado 24 Jul 2017 – 05:00 PM EDT | Atualizado 2 Abr 2018 – 09:32 AM EDT
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A depressão atinge mais de 300 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), e é uma doença grave que se apresenta para cada pessoa de um jeito diferente (apesar de existirem sintomas mais comuns do transtorno depressivo).

Diante dessa abrangência, um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego, resolveu estudar como a depressão afeta o cérebro do paciente, mas de maneira separada.

A descoberta pode ajudar no tratamento mais eficaz para os sintomas da doença, já que cada paciente poderá ter uma avaliação de acordo com os seus sintomas, mesmo os mais discretos, e não mais generalizada.

Depressão: como afeta o cérebro

Os cientistas publicaram a pesquisa no jornal científico Cell e reconheceram quais são os circuitos cerebrais se associam a determinados comportamentos depressivos típicos, como os sentimentos de desamparo e desespero – e, em ratos, conseguiram até reverter os sintomas.

O achado mostra que a depressão não está localizada em uma parte específica do cérebro, mas tem origem em diferentes circuitos cerebrais disseminados pelo órgão.

Diferentes áreas

De acordo com os pesquisadores, esse foi um dos primeiros estudos que separaram cada área do cérebro – analisando como as células cerebrais transmitem informações entre elas – e sua ligação com a depressão.

“Por exemplo, a área do cérebro A contribui para a perda de apetite, área cerebral B para retirada social, e assim por diante”, explicou um dos estudantes envolvidos na pesquisa, Daniel Knowland.

“Se pudermos confirmar que uma área de circuitos está mais envolvida em um sintoma particular que outra, seremos capazes de tratar um paciente de forma mais eficiente do que tratar todos do mesmo jeito”, complementou o professor assistente na Seção de Neurobiologia Byungkook Lim.

Dois grupos de neurônios já foram identificados. Ambos localizados na porção ventral do núcleo pálido (parte dos gânglios da base), foram considerados chave para o comportamento depressivo. 

Lim destacou que os resultados exigem mais estudos e que a pesquisa precisa ser testada em humanos – “mas a nova pesquisa já fornece uma base sólida”.  

Sintomas da depressão

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