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Satélites da Nasa revelaram a existência de mais uma Lua no nosso Sistema Solar

Publicado 19 Mai 2017 – 12:36 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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*Imagem meramente ilustrativa

Cruzamento de dados coletados pelos satélites Hubble e Kepler, ambos da Nasa, revelaram a existência de mais uma Lua no nosso sistema solar.

Ela fica entorno do “irmão” de Plutão, o planeta anão OR10, o 3° maior já descoberto até então, apresentado ao mundo em 2007 pela agência espacial americana (apenas Plutão e Eris são maiores).

Sua descoberta pode trazer novos dados sobre as colisões que aconteciam na época de formação da Via Láctea, há bilhões de anos, e como os corpos celestes, inclusive a nossa Lua, surgiram.

Nova lua do sistema solar

A lua de OR10 fica no Cinturão de Kuiper, um lugar composto por restos da formação do nosso sistema solar, há 4,6 bilhões de anos. É conhecido como o “reino de detritos gelados” porque fica muito distante do Sol (3 vezes mais longe que Plutão - 5.913.520.000 km).

Ela só foi descoberta 10 anos depois do planeta OR10 porque seu tamanho é quase imperceptível: enquanto OR10 tem cerca de 1528 km de diâmetro, estima-se que a lua tenha apenas entre 241 à 402 km.

Fazendo um paralelo da Terra com nossa Lua: a Terra possui um diâmetro de 12.756 km e a Lua tem 3.476 km.

A hipótese da existência da Lua de OR10 surgiu por causa do seu período lento de rotação. O tempo típico para os objetos do Cinturão de Kuiper é de menos de 24 horas. OR10 leva 45 horas, e foi justamente por isso que os astrônomos ficaram desconfiados.

“Olhamos para o arquivo do Hubble porque o período de rotação mais lento poderia ter sido causado pelo puxão gravitacional de uma lua”, explicou Csava Kiss, do observatório de Konkoly, na Hungria, principal autor do estudo sobre a nova lua.

Revelações da nova lua

Sua descoberta sugere que as colisões eram muito mais comuns na época de formação do universo. Isso indica que esses choques eram uma espécie de “violência necessária” que as galáxias e os planetas nascessem.

Objetos celestes provavelmente batiam uns nos outros com mais frequência justamente porque eles habitavam uma região lotada. Acredita-se que um corpo entrava na órbita do outro e atrapalhava o caminho.

Nesse cenário, aqueles objetos que eram maiores se afastavam, então, e ganhavam uma velocidade maior, o que poderia ter resultado em colisões mais fortes, de caráter destrutivo.

Mas, segundo os astrônomos, a velocidade dos objetos colidindo não poderia ter sido muito rápida ou muito lenta.

Isso porque, se a velocidade do impacto tivesse sido muito rápida, mais detritos teriam escapado do sistema solar, e ainda não se tem registros disso. E se tivesse sido muito lenta, a colisão teria produzido apenas uma cratera de impacto e não diversos outros corpos celestes.

Descobertas da Nasa

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