Rara chuva de meteoros poderá cruzar o céu a partir deste sábado: dicas para assistir
*Matéria publicada em 12 de abril de 2017
A partir do dia 15 até o dia 25 de abril, o céu será palco de mais um show: a chuva de meteoros Lirídeas.
O fenômeno poderá ser visto a olho nu principalmente em seu pico, que deve acontecer na madrugada do dia 21 para o dia 22.
A chuva de meteoros Lirídeas é originada pelo cometa Tatcher, que foi descoberto em 1861, e fica na Constelação de Lyra, perto da estrela Vega.
Apesar de ser formado por poucos meteoros (10 a 20 por hora), o fenômeno tem grandes dimensões e, por isso, deixa rastros luminosos extensos e bem brilhantes.
Em 2016, também presenciamos esse espetáculo. Mas, apesar disso, a chuva de meteoros Lirídeas é considerada rara pois, conforme dados da Nasa, pode ficar até 10 anos sem aparecer.
Como ver chuva de meteoros?
Segundo o astrônomo Roberto Costa, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), é possível sim assistir ao fenômeno.
Nesse caso em específico, durante o período de duração do fenômeno (do dia 15 ao dia 25), é preciso observar o céu após as 2h da manhã na direção Norte, onde fica a constelação da Lyra – mais ou menos um pouco acima da linha do horizonte, mas não completamente no alto.
"Naturalmente a pessoa que ergue a cabeça para olhar o céu, olha para a faixa dos 30 aos 60 graus de elevação. Mas, como se trata de uma constelação do Hemisfério Norte, fica numa direção chata de ser observada para nós, do Hemisfério Sul”, alerta ele.
Para identificar o Norte de noite sem uma bússola, é preciso olhar o céu e localizar a constelação chamada de Cruzeiro do Sul.
É um conjunto de cinco estrelas que formam uma cruz, a qual, se estendermos a sua ponta maior em aproximadamente 4,5 vezes o seu tamanho, temos o Sul. O lado oposto, então, é o Norte. Veja o esquema da USP abaixo:
O que são chuvas de meteoros?
São resíduos de corpos celestes, meteoros ou asteroides, que ficam em determinadas regiões do espaço.
Elas “ocorrem quando a Terra, em sua trajetória anual em torno do Sol, atravessa o caminho por onde esses corpos passaram”, explica Costa.
Os resíduos deixados entram na atmosfera e queimam em grande altitude, em geral na faixa dos 40 a 50 km acima do nível do mar.
“Cada resíduo, então, provoca um 'risco' brilhante, que é chamado popularmente de estrela cadente”, aponta o astrônomo.
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