Astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) fizeram uma descoberta surpreendente sobre o ciclo de vida das estrelas: seu processo de nascimento pode ser explosivo e extremamente violento, como se fosse uma ” “versão cósmica de fogos de artifício”.
Até onde se tem conhecimento, há três grandes acontecimentos que podem resultar no nascimento de uma estrela: elas podem surgir a partir da aproximação de duas estrelas, ou podem ser fruto da explosão de uma supernova (ou seja, explosão de uma estrela gigante), ou podem, ainda, nascer a partir do colapso de uma nuvem de gás que costuma ser mais massiva que o Sol.
Nesse último caso, especificamente, é que a explosão violenta foi observada.
Até agora, não se sabia que o fenômeno podia ser tão forte, a ponto de liberar uma energia que o Sol só conseguiria emitir em apenas 10 milhões de anos.
Choque entre estrelas

Um grupo de estrelas “pesadas” explodiu na Constelação de Órion, a cerca de 1.350 anos-luz da Terra, e foi capturado com detalhes pelo telescópio ALMA, no Chile, revelando dados importantes sobre o nascimento das estrelas.
Trata-se da etapa final, que foi definida pelos cientistas da ESO como uma “versão cósmica de fogos de artifício com serpentinas gigantescas disparando em todas as direções”.
O processo costuma acontecer em regiões mais densas do espaço (com muita energia), onde protoestrelas (estrelas jovens) pegam fogo e começam a se movimentar lentamente e de forma aleatória.
Segundo o estudo sobre estrelas publicado pelo ESO, a “protoestreleas e os jatos de gás colossais” liberados alcançaram mais de 150 km por segundo.
Com o tempo, elas começam a se dirigir para um mesmo centro de gravidade, geralmente dominado por uma protoestrela maior, e é aí que podem ocorrer os choques violentos.
Acreditava-se que a duração do nascimento de estrelas era breve, mas descobriu-se que ele pode durar séculos. Confira o vídeo oficial com a demonstração do fenômeno:
Vida das estrelas
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