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Astronauta deixou um ‘cobertor’ escapar - e ele está flutuando no espaço. É perigoso?

Publicado 6 Abr 2017 – 06:00 AM EDT | Atualizado 16 Mar 2018 – 10:34 AM EDT
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Enquanto fazia uma caminhada no exterior da Estação Espacial Internacional (ISS) e tentava dobrar uma proteção térmica, que mais parecia um manto gigante, a astronauta americana Peggy Whitson acidentalmente o deixou “cair” no espaço.

O “cobertor” saiu flutuando, deixando a Nasa preocupada, já que o objeto poderia atingir a ISS.

Quatro horas depois do acontecido, a agência norte-americana localizou o “cobertor” e comunicou que ele estava a uma distância considerada ‘segura’ da ISS, ou seja, não poderia mais causar riscos e nem atrapalhar algum mecanismo da estação.

Então, a Nasa cuidou de providenciar uma nova proteção térmica para Peggy, considerada a mulher com mais saídas ao espaço.

Lixo espacial: perigo na atmosfera

Não é a primeira vez que um objeto é perdido no espaço. Desde que o primeiro satélite foi lançado (Sputnik, da Rússia), há mais de 50 anos, diversos pedaços de equipamentos espaciais orbitam próximo da Terra. O caso do ‘cobertor’ é apenas um entre muitos.

Como a ISS é uma instalação espacial que está a apenas 400 km do nosso planeta, muito provavelmente o ‘cobertor’ deve se juntar a diversos materiais em órbita da atmosfera, considerados lixos espaciais.

De acordo com a Nasa, há milhões de fragmentos entre 1 cm e 10 cm na atmosfera do nosso planeta.

Estima-se que um número maior do que 20 mil pedaços de lixo maiores que 10 cm estejam em volta da Terra.

Por mais que pareçam ‘inofensivos’, eles viajam a uma velocidade média de 25 mil km/h, rápido o suficiente para que seu impulso cause danos críticos às instalações das agências espaciais. Sem dizer que, quando um material colide com outro, a quantidade de lixo se multiplica.

“Numa velocidade assim, uma pequena mancha de tinta embala o mesmo impacto de um objeto de 250 kg que viaja a 250 km/h”, explica o Space.com, site especializado em informações espaciais. “Esse impacto pode danificar componentes críticos, como itens pressurizados, células solares ou amarrações, além de criar novos pedaços de detritos potencialmente ameaçadores”.

Naves desviam de lixo espacial 

Por isso que, antes de qualquer movimentação espacial, agências como a Nasa e ESA (Agência Espacial Europeia) possuem radares que são operados a partir de telescópios que ficam na Terra.

Antes de preparar qualquer tipo de lançamento, os cientistas preparam uma rota, para evitar que esses objetos colidam com a nave ou foguete.

A própria Nasa criou materiais protetores em uma base localizada no Texas (Estados Unidos). Chamada Hipervelocity Impact Technology Facility (Facilitador da Tecnologia de Impacto em Hipervelocidade, traduzido do inglês), a base envia satélites e embarcações espaciais blindadas, especialmente para proteger componentes vitais de naves e estações que orbitam no espaço.

Para detectar esses objetos, a tecnologia usa uma pistola que simula colisões de diversos tipos de lixo espacial.

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