Vida em outro planeta: “seria muito estranho se não existisse”, diz astrônoma premiada

A astrônoma chilena María Teresa Ruiz foi uma das vencedoras do prêmio da Unesco – L'oréal “A mulher a e a Ciência” de 2017, pelo descobrimento de um novo corpo celeste que fica no meio do caminho entre ser uma estrela e um planeta, escondido na escuridão do universo, e suas observações podem responder a pergunta universal: existe vida em outros planetas?

Professora da Faculdade de Ciências Físicas e Matemáticas da Universidade do Chile e a primeira mulher nomeada presidenta da Academia de Ciências do Chile ( Cata), María foi a primeira mulher a se graduar em astronomia no Chile. Ela participou da instalação do telescópio ALMA, no Atacama, no norte do país latinoamericano e tornou-se a primeira a receber um prêmio pela ciência.

Vida em outros planetas

“Seria muito estranho se não houvesse [vida em outros planetas], havendo tantas estrelas na galáxia e tantas galáxias no Universo. Pode ser que seja uma vida um pouco diferente da nossa, mas acredito que exista sim”, disse ela a agência de notícias da AFP, como reportado pelo site jornalístico La Nación.

E, de acordo com a cientista, os grandes telescópios do mundo vão começar a abrir os olhos para achar planetas fora do nosso sistema solar e isso vai “mudar a nossa visão sobre a humanidade”, porque uma é “suspeitar e outra muito diferente é comprovar”, aponta ela.

O que ela descobriu?

Maria ganhou o prêmio da Unesco por descobrir o “Kelu 1”, uma anã marrom, um corpo celeste que tem baixa luminosidade, mas pode ser a chave para entender e confirmar a existência da matéria escura no espaço.

Como se sabe pouco sobre a respeito, elas ainda constituem um dos grandes mistérios da ciência. Tudo o que se sabe, além da sua massa (entre 15 e 75 vezes a de Júpiter, 1.9 x 1027 kg), é que fazem parte de um sistema binário: duas estrelas giram uma em torno da outra.

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