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Cientistas encontraram crânio humano mais antigo já visto em Portugal: 400 mil anos!

Publicado 14 Mar 2017 – 12:45 PM EDT | Atualizado 14 Mar 2018 – 09:19 AM EDT
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Um grupo internacional de cientistas, liderado pelo arqueólogo João Zilhão, da Universidade de Bristol (Reino Unido), identificou na região central de Portugal o crânio de um fóssil de mais de 400 mil anos. É o mais antigo já encontrado no país e pode ajudar a explicar a origem dos neandertais na Europa e como eles interagiram com os primeiros homo sapiens, ou seja, o homem tal qual o conhecemos hoje.

A descoberta também pode ajudar a desvendar a evolução humana no período Pleitosceno, que compreende entre 2,5 milhões de anos a.C. a 11.700 anos atrás.

“Este crânio do Pleitosceno médio ocidental da Europa é um dos fósseis mais antigos da região”, escreveram os cientistas. Ele está “firmemente datado a cerca de 400 mil anos, em associação direta com abundantes vestígios de fauna e ferramentas de pedra”.

Próximo ao crânio eles também encontraram ossos queimados, o que sugere que este ser sabia como fazer uso controlado do fogo.

Após a publicação do artigo científico na revista especializada PNAS, os cientistas preparam para colocar o fóssil como atração principal de uma exposição sobre a evolução humana no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa (Portugal).

Escavações na Gruta da Aroeira

Os arqueólogos escolheram a região de Almonda, no centro de Portugal, porque desde 1987 alguns cientistas encontraram evidências de esqueletos da era do Pleitosceno.

Por lá, investigaram a fundo a Gruta da Aroeira. As primeiras escavações foram feitas entre 1998 e 2002, período em que se depararam com fósseis de animais antigos e carga dentária humana dos antepassados.

Em 2013, os arqueólogos voltaram à região, a fim de tentar estabelecer uma linha cronológica para os fragmentos que foram coletados.

Foi no fim de 2014, então, que eles encontraram o crânio, junto a sedimentos que o deixaram tão firme à terra, a ponto de precisar de um processo bem meticuloso para que ele fosse retirado.

A equipe fez a remoção a partir de um bloco sólido, num processo que demorou cerca de dois anos. Depois, o crânio foi transferido para o Centro de Investigação sobre a Evolução e Comportamento Humanos, em Madri (Espanha).

Depois disso, os pesquisadores realizaram uma tomografia computadorizada, que revelou a margem do período de onde o crânio encontrado vinha.

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