Nasa diz que Proxima B não será um planeta habitável: entenda razões
Pesquisa recente da Nasa comprovou que o exoplaneta Proxima B não pode ser habitável, pois perde oxigênio demais devido a erupções estelares (fenômeno que envia enorme quantidade de radiação e outros componentes para o espaço).
Essa perda constante de oxigênio impede a formação de água em seu estado líquido, diminuindo bastante a possibilidade de existência de vida.
O que é o Proxima B
Descoberto pelo Observatório Europeu do Sul, no Chile, o Proxima B ficou bastante conhecido na comunidade científica por suas características semelhantes à Terra: tem uma massa 1,3x maior que a do nosso planeta e orbita a uma estrela chamada Proxima Centauri, considerada mais fria que o Sol.
É exatamente por estar fora do Sistema Solar que o Proxima B é considerado um exoplaneta.
Oxigênio no exoplaneta
A perda de oxigênio em um exoplaneta também representa uma ameaça à sua atmosfera. Por isso, uma equipe interdisciplinar da Nasa propõe discutir a verdadeira definição de zonas habitáveis.
Atualmente os cientistas consideram a quantidade de calor e luz para definir uma região como zona habitável. Dessa forma, estrelas distantes teriam que emitir calor e luz num volume maior que o Sol.
Como as galáxias mais próximas têm estrelas menores e mais frias, os astrofísicos acreditam que zonas habitáveis estão bem distantes do Sistema Solar.
No caso da Proxima Centauri e de outros astros parecidos, além do calor e da luz há emissão de raios X e raios ultravioleta, responsáveis por essas erupções estelares e, consequentemente, a diminuição do oxigênio nos planetas que a circundam.
A possível causa dessa erupção é um fenômeno que os cientistas chamam de erosão atmosférica, onde partículas de alta energia arrastam as moléculas de hidrogênio e oxigênio – responsáveis pela formação da água – para o espaço. É como se a erosão evaporasse o líquido antes mesmo de sua formação.
"Se queremos encontrar um exoplaneta que possa desenvolver e sustentar a vida, devemos descobrir quais as estrelas que fazem os melhores pais", disse Vladimir Airapetian, cientista solar da Nasa, referindo a estrelas que não comprometessem o hidrogênio e o oxigênio dos planetas. "Estamos chegando perto de entender que tipo de estrelas progenitoras precisamos”.
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