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Chances de vida extraterrestres são enormes, diz publicação secreta de Winston Churchill

Publicado 17 Fev 2017 – 12:26 PM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Estamos sozinhos no Universo?” é uma pergunta que não ronda só nossas cabeças. Um dos maiores políticos do período da Segunda Guerra Mundial, o primeiro-ministro inglês Winston Churchill também tinha essa dúvida. Ele escreveu um artigo de 11 páginas com este título, divulgado só agora pelo astrofísico Mario Livio, em publicação na revista Nature.

Livio identificou que Churchill tinha uma proximidade muito grande com assuntos da Ciência.

No texto, do qual a primeira versão provavelmente tenha sido escrita em 1939, o líder constrói o raciocínio sobre a possibilidade da existência de vida extraterrestre com base no princípio copernicano – no qual a Terra não está em posição favorecida ou é única no Universo. “O pensamento dele reflete muitos argumentos modernos da astrobiologia (ciência que estuda as formas de vida existentes em outros planetas que não a Terra)”, define Livio.

Winston Churchill: artigo sobre ETs

“As probabilidades são enormes de que haja um número imenso de planetas cujas circunstâncias não tornariam a vida impossível”. Esta é a conclusão de Churchill no artigo “Estamos sozinhos no Universo”, que faz parte do acervo do Museu Nacional Churchill, nos Estados Unidos.

O pensamento de Churchill parte do princípio das duas coisas características que ele considera básicas para a vida: “reproduzir e multiplicar”. Pontua ainda que “todas as coisas vivas do tipo que conhecemos requerem água”. 

O astrofísico Mario Livio escreveu na Nature de fevereiro deste ano sobre a linha de pensamento do político, que classifica Marte – onde a existência de água já foi comprovada - e Vênus como os únicos planetas habitáveis do Sistema solar, além da Terra.  

Ele deixa de fora a possibilidade de vida nos planetas exteriores (muito frios), em Mercúrio (muito quente no lado ensolarado e muito frio na outra parte), na Lua e nos asteroides.

Estrelas acolhem planetas

Churchill relata em seu artigo a possibilidade de estrelas abrigarem planetas, considerando que os planetas se formam a partir do gás que é arrancado de uma estrela quando outra passa perto. Ele pondera que, por esses encontros serem raros, “nosso sol pode ser realmente excepcional e possivelmente único”.

Em uma visão mais cética, entretanto, o político diz que os planetas “talvez não tenham sido [formados assim]. Sabemos que existem milhões de estrelas duplas, e se elas poderiam ser formadas, por que não sistemas planetários?”. 

Exploração do Sistema solar e das galáxias

Por fim, Churchill prevê a exploração do Sistema solar, ao tratar sobre viagens à Lua, Marte e Vênus. E se mostra a par da descoberta de outras galáxias além da Via Láctea. 

“Eu não estou tão impressionado com o sucesso que estamos fazendo da nossa civilização aqui a ponto de dizer que estou preparado para pensar que somos o único lugar neste imenso universo que contém vidas, criaturas pensantes, ou que somos o tipo mais elevado de desenvolvimento mental e físico que já apareceu na vasta extensão do espaço e do tempo ".

Planetas habitáveis

O que Mario Livio destaca é que, quase 80 anos depois do texto, a existência da vida extraterrestre é “dos tópicos mais quentes da pesquisa científica”. 

“Pesquisas por sinais de vida subterrânea em Marte estão em andamento. Simulações do clima de Vênus sugerem que ele pode ter sido habitável. 

E os astrônomos acreditam que, em algumas décadas, vamos descobrir algumas rastros biológicos da vida presente ou passada nas atmosferas dos planetas extra-solares”.

O que a Ciência diz

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