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Pão feito com farinha de barata: criação de estudantes brasileiros é MUITO saudável

Publicado 1 Fev 2017 – 09:45 AM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Acredite se quiser: o pão enriquecido com farinha de barata cinérea promete ter mais benefícios que um pão feito com farinha de trigo, de acordo com estudo sobre farinha de inseto, da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), no Rio Grande do Sul.

Criada por estudantes de Engenharia Química de Alimentos da Faculdade, a farinha utilizada no pão foi formulada com a barata da espécie cinérea – que tem a coloração marrom mais claro e mede cerca de 15 a 18 milímetros (não é a mesma espécie da barata que aparece na, de vez em quando, dentro de casa).

Pão feito com farinha de barata

Os pães feitos com farinha de barata são menores e possuem aminoácidos essenciais, que são importantes na nutrição do ser humano.

As baratas usadas pela pesquisa brasileira foram produzidas em laboratório e foram alimentadas com verduras e frutas, antes de serem desidratadas e trituradas para virar farinha.

Foram testados três pães com quantidades diferentes (5, 10 e 15 % de farinha de inseto - fotos abaixo) e comparados com o pão de farinha de trigo e integral. O resultado mostrou que os pães feitos com farinha de inseto apresentaram, seguindo as respectivas quantidades, 7,88 %, 12,53 % e 14, 76 % de proteína, enquanto o pão branco só apresentou 4,03%.

O pão com 10% de farinha de barata teve a melhor avaliação foi considerado mais semelhante ao pão com farinha integral. O aroma e o gosto também teve aceitação dentre os voluntários que experimentaram o pão.

Considerando que o Brasil está em 5° lugar na lista de países que mais consomem pão por ano no mundo, a ideia é que a invenção que usa a farinha animal seja um produto mais saudável e mais acessível, de acordo com a apresentação do estudo no 21° Congresso Brasileiro de Engenharia Química, realizado no Ceará, em 2016.

O produto ainda não está no mercado e ainda deve passar por testes para receber a certificação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e ser liberado para o consumo humano.

Comer inseto faz bem?

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