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A história por trás do cansaço: fadiga e exaustão já existiam antes da modernidade

Publicado 21 Jan 2017 – 06:00 AM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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É comum acreditar que o estresse e a fadiga são resultados de uma era moderna que exige cada vez mais esforço e agilidade, especialmente diante da rapidez tecnológica que promove grande impacto no dia a dia.

Mas a exaustão, ao contrário do que muita gente imagina, é uma condição bastante antiga que apenas mudou de nome, recebeu diferentes tratamentos e teve variadas causas apontadas ao longo dos anos.

A historiadora da Medicina na Universidade de Kent, no Reino Unido, Anna Khatarina Schaffner acredita que “a exaustão sempre esteve entre nós. O que muda na história são as causas e efeitos associados ao cansaço.”

Cansaço excessivo acompanha a humanidade

Durante o período em que o cristianismo foi dominante no Ocidente, o cansaço teve seus motivos ligados a questões religiosas e era considerado até mesmo uma fraqueza espiritual. De acordo com Anna Katharina, a fadiga significava uma “vitória” do corpo contra o espirito, caracterizada como falta de fé e força de vontade

A pesquisadora então conclui que o esgotamento físico e mental sempre fez parte da natureza humana e não pode ser, portanto, considerada apenas uma doença da nossa Era. As diferenças estavam somente nas supostas causas e efeitos provocados pelo cansaço.

Schaffner acredita que, em partes, o cansaço atual pode estar relacionado a maior autonomia, desde que mais e mais empregos nos deram liberdade para gerenciar nossas próprias atividades.

A historiadora, no entanto, não nega que os avanços tecnológicos, internet e redes sociais, típicos dos dias atuais, são capazes que sugar energias e provocar grande cansaço. Ela afirma que as curas para a exaustão dependem muito de cada indivíduo e que o importante é sempre estabelecer limites entre trabalho e lazer, atitude cada vez mais desafiadora.

Como evitar o cansaço

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