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Lei de Murphy: hipocondríacos são mais propensos a ter doenças sérias

Publicado 4 Jan 2017 – 09:00 AM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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“Tudo que puder dar errado, dará”. A máxima da lei de Murphy explica muitos fenômenos universais, e parece que tem mais um pra adicionar à lista: os hipocondríacos, pessoas preocupadas demais com a saúde, são mais propensos a ter doenças sérias.

Não é falácia; a ansiedade e o estresse, resultantes de um medo excessivo da doença, funcionam como ‘atrativos’ para problemas de saúde, segundo uma pesquisa norueguesa publicada na revista científica BMJ Open.

Hipocondríacos: 70% mais chances de doenças cardíacas

Cerca de 1% a 2% da população sofre de ‘ansiedade da saúde’ (ou hipocondria), mas poucos estudos realmente avaliaram se vale a pena ter uma preocupação tão grande em busca de ser saudável.

Pesquisadores noruegueses analisaram mais de 7 mil pessoas, com dados coletados ao longo de 13 anos pelo Serviço de Triagem de Saúde. De todos eles, 3,3% tiveram ataque cardíaco. Até aí, sem novidades. O que deixou os médicos intrigados foi a proporção de hipocondríacos para pessoas que não têm esse problema: quem sofre de ‘ansiedade da saúde’ tem 70% mais risco de ter doença cardíaca.

A ansiedade e o estresse estão atrelados a hábitos mais nocivos para a saúde. “Pessoas com alto nível de ‘ ansiedade da saúde’ relataram menos horas de atividade física por semana e maior índice de tabagismo, embora consumam menos unidades de álcool”, escreveram os pesquisadores.

Ansiedade leva à doença

Como a análise foi feita apenas com dados registrados, sem levar em conta outros aspectos comportamentais da hipocondria – como, por exemplo, idas mais frequentes a consultas médicas e maiores dosagens de medicamentos – os noruegueses acreditam que esses dados devem ser aprofundados.

Entre as hipóteses mencionadas, eles disseram que, ao sentir os sintomas que podem desencadear na doença, o excesso de preocupação pode ser uma possível causa dos problemas cardíacos.

Este não é o primeiro estudo que liga a ansiedade à doença arterial coronariana (que afeta vasos sanguíneos do coração).

Em 2001, estudiosos do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica de Paris mostraram que altos níveis de ansiedade podem aumentar a espessura da gordura das artérias em quase duas vezes, provocando aterosclerose.

Quando a espessura aumenta, ocorre a ruptura das placas, o que pode obstruir o fluxo sanguíneo e causar falta de ar, ataque cardíaco ou até derrame cerebral, dependendo da gravidade.

Ansiedade: um mal que pode ser controlado

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