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Este homem desafiou os médicos para consertar sozinho seu próprio coração

Publicado 4 Jan 2017 – 09:00 AM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Este grisalho simpático da foto é Tal Golesworthy, o engenheiro de processamento britânico que conseguiu salvar a si próprio. Portador da Síndrome de Marfan, que, dentre outros sintomas, enfraquece os vasos sanguíneos e pode fazer com que a aorta - a artéria mais importante do sistema circulatório- não aguente a pressão do sangue e exploda,  Tal precisava passar por uma cirurgia, mas optou por contrariar as opiniões médicas e criou, sozinho, uma outra solução para o seu problema.

Conheça abaixo os detalhes dessa história fascinante.

Como consertar um coração

Com 60 anos hoje, Tal descobriu a doença genética, herdada do pai, quando ainda era uma criança de cinco anos. Também originada por uma mutação espontânea no DNA, a síndrome causa erros nos genes responsável pela proteína fibrilina, Os ossos nascem mais longos e finos, e as articulações frouxas ou flexíveis, além de problemas oculares.

A solução médica oferecida até então era: colocar um coração artificial, ligado a pulmões mecânicos, com uma aorta de plástico. O procedimento resolveria o problema, mas causaria outro: poderiam se formar coágulos sanguíneos, obrigando-o a tomar anticoagulantes para o resto da vida e correr risco com doenças ou lesões simples que envolvessem sangramentos.

Tentando imaginar uma outra alternativa, Golesworthy teve uma ideia que ia além dos médicos. “Sou engenheiro. Sou investigador. Isto é apenas um problema de canalização. Consigo fazer isso. Posso mudar isso”, disse ele durante palestra mediada pelo canal de conferências de especialistas TED Talks. Pensando em uma mangueira de água de alta pressão que pode oscilar, por exemplo, para deixá-la estável basta enrolar uma fita em volta do tubo. O mecanismo da aorta poderia ser basicamente o mesmo.

Ele e uma equipe de médicos, engenheiros, cirurgiões e outros especialistas criaram, então, uma espécie de luva para sua artéria, que funciona como uma cobertura, feita sob medida, para impedir a dilatação da aorta. Ela foi sugerida em uma das reuniões anuais da Associação de Marfan, nos Estados Unidos para evitar ter que trocar a artéria inteira.

Há 10 anos, o implante foi colocado nele próprio, pelo cirurgião John Pepper, também professor de cirurgia cardiotorácica do Imperial College London, na Inglaterra. Golesworthy vive bem e não teve nenhum efeito colateral, assim como outros 30 pacientes que aceitaram se submeter ao procedimento. Entretanto, o método ainda não é completamente aceito dentro da comunidade médica.

Descobertas incríveis da ciência

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