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Neurologista revela 7 segredos que você sempre quis saber sobre SONHOS

Publicado 22 Dez 2016 – 09:00 AM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Você já se perguntou o que os sonhos podem significar?  Animais, pessoas, objetos, sensações... A gente sonha com tanta coisa, mas sempre é um desafio enorme decifrar as mensagens que nos aparecem todas as noites enquanto dormimos. (Aliás, será que sonhos são mesmo mensagens? será que são avisos? será que podemos controlar o que nós sonhamos?)

CALMA! A coordenadora da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), Andréa Bacelar Rego, revela o que a ciência diz sobre sonhos. É hora de resolver os diversos questionamentos que você sempre quis saber sobre o assunto. 

Curiosidades sobre sonhos e pesadelos


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Sonhos simbolizam desejos ocultos?

Nem sempre. “Não existe uma confirmação científica que justifique que os sonhos reproduzam vontades”, aponta Andréa. Segundo ela, o sonho não tem nenhum compromisso com a verdade. Muitas vezes ele vem do que foi aprendido ou vivenciado durante o dia e foi reproduzido durante essa fase do sono onírica, na qual acontecem os sonhos.

“E pode ser prazeroso ou não. Pode acontecer de misturar elementos e informações reais e irreais, que podem estar já registrados na memória”, explica a neurologista. Mas, de acordo com ela, eventualmente, se você estiver pensando em algo com muita frequência, ou com muita preocupação, pode ser que se sonhe com isso. E aí pode se revelar um desejo ou um medo, por exemplo.

Todo mundo sonha?

Sim. De acordo com Andréa, estudos já comprovaram que todo mundo sonha todas as noites e tem mais de um sonho por vez. E “são de 4 a 6 ciclos de sono por noite”, revela a neurologista. Cada ciclo de sono possui um estágio que contém a fase do sonho.

O sono é dividido em: a fase da sonolência, que é a transição da vigília para o sono, o sono leve, o sono profundo, no qual o cérebro descansa realmente e o sono REM (Movimento Rápido dos Olhos, em português), que é quando o cérebro está ativo, mas está muito relaxado, por isso não vive o sonho – o corpo permanece imóvel, ainda que a pessoa sonhe que está se movimentando, por exemplo.

Segundo Andréa, se durante essa fase, se o corpo se movimenta muito e tende a reproduzir o que está sendo sonhado, trata-se de um transtorno e precisa ser tratado.

Tem algum truque para conseguir se lembrar dos sonhos?

Sim. Despertar logo em seguida do estágio do sono facilita a se lembrar do sonho. Geralmente, quando o corpo acorda sozinho. Quando usamos o despertador, por exemplo, pode ser que acordemos no meio do sonho, e aí também pode ser mais fácil de lembrar.

Entretanto, se estivermos entre as fases REM, pode ser que nada seja lembrado. É muito comum se lembrar do último sonho, porque se trata do último ciclo próximo do despertar, quando o sono está mais superficial. Os outros sonhos são mais difíceis de lembrar, e na maioria das vezes, as pessoas não lembram mesmo.

A fase do sonho costuma acontecer mais na segunda metade da noite, depois de ter se deitado. “Se programando para acordar nesse período, é mais fácil de lembrar”, explica a especialista em sono.

Dá para evitar pesadelos?

Pesadelos frequentes que incomodam podem ser considerado um  transtorno que, veja só, tem tratamento.  Segundo a médica, existem duas formas de controlá-los: medicamentos e terapia.

A mais eficaz é a terapia comportamental e cognitiva para pesadelos, que tem a finalidade do indivíduo reproduzir o pesadelo e modificar o desfecho do sonho. “O terapeuta faz o paciente mentalizar e criar um novo fim. É um exercício frequente que tende a modificá-lo”, diz ela.

O procedimento só deve ser feito por profissionais habilitados e treinados para isso. Mas também existe outra opção, que é com medicamentos que diminuam a quantidade de sono REM. “Não é o ideal, porque precisamos de todos os estágios de sono todas as noites, mas às vezes, diminuir esse percentual minimiza”, aponta Andréa.

Sonhamos sobre o que vimos antes?

Nem sempre. O conteúdo do sonho pode estar relacionado com o que foi visto e vivido durante o dia ou em períodos próximos, mas também pode estar relacionado com eventos do passado e ainda com fatos que nunca aconteceram. Os sonhos podem tanto conter dados que são reais ou dados que foram inventados pelo cérebro.

Conhecemos os rostos de todas as pessoas que aparecem?

Não. Justamente porque “os sonhos não têm nenhum compromisso com a realidade”, explica a neurologista. Os rostos que aparecem em nossos sonhos podem ter sido completamente criados pela nossa mente, ou com elementos já vistos anteriormente, ou com fatores novos. “Quantas vezes sonhamos com pessoas que nunca vimos”, questiona a neurologista.

Sonhar ajuda a memória?

Sim. O processo de consolidação da memória passa pelo estágio do sono REM, no qual acontecem os sonhos. De acordo com a médica, quando se está sonhando, áreas cerebrais estão organizando as memórias ao mesmo tempo, tornando-as duradouras e aumentando a quantidade de informações armazenadas.

“O cérebro está trabalhando muito neste momento, gastando muita energia. Não pensem que o sono é somente um momento de armazenar energia e descansar”, revela Andréa.

Tipos de sonhos

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