null: nullpx
msn_feed-Mulher

Cientistas recomendam: para o bem da relação, faça as pazes antes de dormir

Publicado 9 Dez 2016 – 09:00 AM EST | Atualizado 28 Mar 2019 – 12:21 PM EDT
Compartilhar

Rolou o maior arranca rabo durante o dia. À noite, vocês ainda estão de cara virada um pro outro e acabam dormindo sem resolver a questão. Cuidado. 

Um estudo publicado na revista Nature Communications diz que dormir com raiva não é nada aconselhável para os relacionamentos, porque o sentimento ruim fica gravado no cérebro e depois é ainda mais complicado se livrar dele. 

“Investigamos os processos neurobiológicos referentes à supressão de memórias de aversão”, ou seja, memórias ruins, “antes e depois de sua consolidação durante a noite”, escreveram os pesquisadores chineses da Universidade Normal de Pequim e da Universidade de Shenzen, e um cientista da Universidade de Stanford (Estados Unidos).

“Sugerimos que primeiramente se resolva a briga antes de dormir”, disse o neurocientista Yunzhe Liu, líder da pesquisa.

Cérebro e memória

Os cientistas observaram o impacto do sono na memória de 73 estudantes universitários, todos homens. Por dois dias, eles foram treinados para associar 26 imagens a memórias consideradas negativas. Eles coletaram essas informações momentos antes de dormir e momentos depois que acordaram.

Este método é utilizado para identificar os padrões de representação de códigos de uma população neural, ligando o conteúdo representado pelas informações com a memória do cérebro, de acordo com o estudo.

Os resultados revelaram que quem fazia o teste com as imagens depois de dormir tinha dificuldade para eliminar de vez as memórias negativas.

Dormir brigado pode causar trauma

Liu e sua equipe perceberam que as lembranças anteriores passaram a ser armazenadas em uma região do cérebro onde costumamos deixar as memórias a longo prazo. Esse processo, no caso, é interrompido quando as brigas são resolvidas antes de ir pra cama.

“A privação de sono imediatamente após experiências traumáticas pode impedir que essas memórias se consolidem e, assim, proporcionar a oportunidade de bloquear a formação de memórias traumáticas”, concluem os pesquisadores.

Assista ao vídeo que fala sobre a pesquisa:

Brigas de casal: chatas, mas inevitáveis

Compartilhar

Mais conteúdo de interesse