null: nullpx
criação-Mulher

O que você FAZ influencia mais as crianças do que o que você DIZ, revela psicóloga

Publicado 18 Nov 2016 – 09:00 AM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
Compartilhar

Filhos deveriam vir com manual de instruções, é verdade. Mas, enquanto essa utopia não se torna real, papais e mamães mundo afora quebram a cabeça para descobrir a melhor maneira de criar uma criança.

Acontece que, por mais que seja na melhor das intenções, alguns comportamentos de cuidado excessivo são inúteis, como explica a psicóloga e pesquisadora americana Alison Gopnik, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, em seu livro “The Gardener and the Carpenter” (“O Jardineiro e o Carpinteiro”, em português), ainda sem tradução.

De acordo com Alison, a “boa criação” tem muito mais a ver com ter um bom relacionamento entre pais e filhos, regado ao amor e ao aprendizado constante, do que uma atividade que muitas vezes é comparada com um serviço, como mais uma função a ser executada em nossas vidas.

Como educar os filhos

A psicóloga, também mãe de três filhos e avó de três netos, defende que moldar os filhos para que eles se tornem o adulto dos seus sonhos e lotar a agenda dos pequenos de atividades são tiros no pé. O excesso de atividades cansa e prejudica o desenvolvimento da criatividade.

“Do ponto de vista da evolução, tentar moldar conscientemente como seus filhos ficarão quando adultos é tanto inútil quanto auto implosivo”, escreve ela. É como diz o título do livro: os pais não são carpinteiros, que estão serrando e dando forma a uma madeira bruta. São jardineiros, que não possuem controle sobre o crescimento das plantas, mas podem escolher o solo, adubá-las e regá-las.

Alison também ressalta a importância de deixar a criança brincar, fazer bagunça. Essas são ferramentas essenciais para ela investigar como o mundo e as outras pessoas funcionam, principalmente nos primeiros anos.

Além disso, a pesquisadora alerta para o comportamento do adulto: o fazer influencia muito mais as crianças do que as palavras. Não adianta só falar. Tem que fazer e mostrar para ela aprender com o exemplo.

E não tem problema deixar a criança sem respostas. De acordo com Alison, é melhor falar só do que se sabe, com confiança, e deixar que a própria criança vá atrás de respostas daquilo que você não sabe.

Mas é bom ficar atento. Crianças tendem a rotular as coisas desde cedo, por isso é importante reforçar ideias que quebrem estereótipos e dos possíveis preconceitos que possam nascer dos padrões que elas constroem na cabeça.

Dicas para criar os filhos

Compartilhar

Mais conteúdo de interesse