null: nullpx
animais-Mulher

Acredite: existem animais que vivem sem oxigênio; saiba quais são e como é possível

Publicado 28 Set 2016 – 02:45 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
Compartilhar

Cientistas do mundo todo ficaram surpresos ao descobrir que alguns animais simplesmente não precisam de oxigênio para sobreviver e outros, que realizam respiração aeróbica, são capazes de viver tranquilamente sem essa molécula gasosa por até semanas.

Descoberta italiana no mar

Em 2010, pesquisadores italianos e dinamarqueses descobriram nas profundezas do Mediterrâneo, três espécies de animais multicelulares que vivem completamente sem oxigênio. Esses pequenos animais possuem células que nem têm mitocôndrias, as organelas responsáveis pelo consumo do gás no corpo de plantas e animais.

A descoberta foi publicada na revista de acesso livre BMC Biology. As espécies pertencem a um dos filos do Reino animal menos conhecido, o Loricifera. Essas criaturas são seres que mal atingem um milímetro, têm um corpo mole protegido por uma concha especial e que foram descobertos há poucas décadas.

Pesquisa brasileira mapeia mais seres

No Brasil, uma nova pesquisa mapeia animais que vivem com pouco ou nenhum oxigênio. Mais de 200 artigos de 20 países com o objetivo de catalogar as espécies animais que também vivem com pouca concentração de oxigênio em situação conhecida como hipóxia por até semanas.

Esses animais que são tolerantes à falta de oxigênio aumentam a quantidade de suas defesas antioxidantes durante algum estresse natural que envolva baixa oxigenação. Como por exemplo, durante o inverno, certos animais como a rã Rana Sylvatica chegam a congelar vivos, causando hipóxia nos tecidos. 

Nessa situação, essas espécies aumentam a produção de antioxidantes para cuidar melhor de seus órgãos e tecidos, que estarão sob os efeitos de radicais livres, formados tanto no congelamento como no descongelamento. Os peixes ósseos, distribuídos em 22 famílias e 13 ordens, também possuem grande quantidade de espécies que vivem com condições de pouca oxigenação.

O trabalho liderado por Marcelo Hermes-Lima e Daniel Moreira, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB) em parceria com Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), analisou mais de 90% dos estudos sobre o tema. Agora, o objetivo da equipe é mapear qual a origem evolutiva dessa habilidade animal.

Mais notícias incríveis sobre animais

Compartilhar

Mais conteúdo de interesse