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Fóssil comprova que a Terra é 220 milhões de anos mais velha do que imaginávamos

Publicado 23 Set 2016 – 02:00 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Cientistas australianos descobriram os  fósseis mais antigos do mundo: a evidência foi encontrada em rochas de 3,7 bilhões de anos, na Groenlândia. Ou seja, os novos fósseis são 220 milhões de anos mais antigos do que quaisquer outros já descobertos antes.

O achado, além de nos ajudar a compreender as  origens da vida na Terra, ajudará os astrobiologistas a buscarem pelos primeiros sinais de vida em Marte. 

Qual a importância da descoberta?

Os fósseis chamados estromatólitos de 3,7 bilhões de anos de idade foram descobertos por uma equipa liderada pela Universidade de Wollongong e o pesquisador Allen Nutman. A novidade mostra que a vida na Terra começou bem antes do que nós imaginávamos. Nosso planeta azul tem cerca de 5 bilhões de anos.

"Isso indica que 3,7 bilhões de anos atrás a vida microbiana já era diversificada. O que mostra que a vida surgiu dentro dos primeiros cem milhões de anos de existência da Terra, de acordo com os cálculos dos biólogos”, explicou Nutman.

Estromatólitos fósseis são como formações rochosas e acúmulos de carbono formados por comunidades de antigos  micróbios unicelulares. Surpreendentemente, alguns estromatólitos ainda crescem em locais como a baía de Shark Bay, na Austrália Ocidental. O recorde anterior do fóssil mais antigo encontrado também foi de um estromatólitos, porém 220 milhões de anos mais jovem do que estes recentemente encontrados no sudoeste da Groenlândia.

Por que o fóssil ajuda na busca por evidências de vida em Marte?

Segundo o professor Nutman, agora há sinais visuais tangíveis da vida na Terra no mesmo período em que havia  água em Marte. “Não é uma grande suposição dizer que qualquer vida em Marte neste momento seria também de microorganismos unicelulares”, afirmou. A pesquisa poderia ajudar os cientistas a procurar por estruturas semelhantes em Marte, que era um ambiente úmido 3,7 bilhões de anos atrás.

Esta descoberta representa um novo marco para a mais antiga evidência preservada de vida na Terra. Ela aponta para o rápido aparecimento da vida na Terra e apoia a  busca de vida em rochas antigas semelhantes em Marte.

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