Mistério da bolha gigante no universo é desvendado: veja o que tem dentro dela
Há 15 anos, o universo escondia um segredo muito difícil de desvendar até pelos astrônomos: a tal da bolha Lyman-alpha, ou LAB-1. A única coisa que se sabia sobre esse tipo de bolhas é que, na verdade, elas são nuvens de hidrogênio gigantes, cuja composição não era conhecida.
Foi só com a a ajuda de telescópios enormes, como o Alma e o Very Large Telescope, do Observatório Europeu do Sul (ESO), que os astrônomos finalmente conseguiram desvendar o mistério e descobrir que a bolha Lyman-alpha (LAB) escondia. Confira abaixo.
Bolha no Espaço
A resposta para o mistério é que existem duas galáxias dentro da bolha, de acordo com estudo publicado pela Universidade de Cornell, nos Estados Unidos.
As galáxias se esconderam porque estão passando por uma formação de estrelas, em uma taxa 100 vezes maior do que a da nossa galáxia. E tem mais: elas são rodeadas por inúmeras satélites de massa menor.
Elas emitem ondas ultravioletas e ficam tão distantes que a sua luz demorou em torno de 11,5 bilhões de anos para chegar até o nosso planeta.
“Pense em uma luz de rua em uma noite de neblina – você vê o brilho difuso porque a luz se espalha por fora das minúsculas gotas de água”, tentou explicar Jim Geach, um dos autores da pesquisa.
“Uma coisa parecida está acontecendo aqui, exceto que a luz de rua é uma galáxia com intensa formação de estrelas e o nevoeiro é uma nuvem enorme de gás intergalática. As galáxias estão iluminando os arredores”, como reportou a nota do site do ESO.
“LAB-1 é o local de formação de uma galáxia elíptica gigante que um dia vai ser tornar o coração de um grande aglomerado", diz Geach.
As informações da bolha mostram o que acontece com o gás que rodeia as galáxias mais jovens, em crescimento, uma região muito difícil de ser estudada e mais difícil ainda de ser entendida. Por isso, essa revelação pode ainda ajudar a desvendar outro mistério: como a maior parte das galáxias de grandes massas se formam.