null: nullpx
ouvido-Mulher

Você fica arrepiado quando ouve música? Isso significa que seu cérebro é especial

Publicado 22 Set 2016 – 06:12 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
Compartilhar

O cantor sobe ao palco e, nos primeiros acordes da música, você fica todo arrepiado. Ou então, a rádio começa a tocar sua música preferida e... arrepio de novo. É uma sensação boa, né? Isto é, claro, uma resposta do seu corpo a um estímulo externo que, agora, os cientistas descobriram a causa: tudo está ligado ao fato de seu cérebro ser especial e fazer conexões diferentes que afetam a forma com que a música é processada.

A pesquisa divulgada na revista científica da Oxford mostra que o que está sendo chamado de “orgasmo da pele” não acontece com todo mundo, não. Para comprovar a tese, os cientistas acompanharam um grupo de 20 pessoas apaixonadas por música e suas reações emocionais às canções. Saiba mais sobre o estudo agora.

Arrepio ao ouvir música: estudo explica causa

Os pesquisadores da Harvard selecionaram 20 pessoas, que fizeram uma lista de suas músicas preferidas para serem exploradas na experiência. Eles chegaram a um resultado, literalmente, dividido: dez indivíduos disseram sentir arrepios e dez entraram no time dos “não-arrepiados”. 

O estudo, então, foi além e detalhou como a audição de uma boa música, na opinião dos participantes, atingiria o corpo de forma que os pelinhos ficassem arrepiados.

Cérebro e suas conexões

A resposta dos pesquisadores indica que o cérebro de quem tem esse “orgasmo musical” é bem diferente de quem não tem. Isto porque, em ressonância magnética, foi identificado que os “arrepiados” têm mais fibras nervosas saindo do córtex auditivo que se ligam ao córtex insular e ao córtex pré-frontal, responsáveis pelo processamento das emoções. 

A descoberta aponta que a música é um elemento evolutivo para os seres humanos. Isto significa que ela tem uma função para nós, mesmo que seja apenas “esteticamente gratificante”, como consideram os cientistas. 

“Nossos resultados fornecem a primeira evidência de uma base neural das diferenças de cada indivíduo em relação ao acesso sensorial para o sistema de gratificação, e sugerem que a comunicação socio-emocional através do canal auditivo pode oferecer uma base evolutiva da música com a função de ser esteticamente gratificante em seres humanos”.

A pesquisa não identificou se as pessoas que são mais sensíveis à música nascem assim ou se acabam desenvolvendo essas conexões de acordo com as experiências musicais ao longo da vida.

Música em estudos científicos

Compartilhar
RELACIONADO:ouvido-Mulher

Mais conteúdo de interesse