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Se todas as estrelas morrem, o sol pode desaparecer um dia? O que aconteceria?

Publicado 19 Set 2016 – 09:00 AM EDT | Atualizado 14 Mar 2018 – 09:30 AM EDT
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O Sol é uma estrela. E as estrelas são quase como seres humanos: elas nascem, se desenvolvem e, uma hora, morrem. A diferença é que, no caso delas, esse processo leva alguns milhões ou bilhões de anos. Pela lógica, então, astrônomos suspeitam que o Sol deve seguir o mesmo destino. Será que ele vai explodir? 

Morte do Sol

A grande pergunta é: se de fato o sol morrer, quando isso deve acontecer? Cientistas do mundo todo estudam essa hipótese já há muitos anos. As teorias mais aceitas acreditam que não há motivo para pânico: o Sol deve continuar intacto por mais bilhões de anos. 

É que, atualmente, a grande estrela está em uma fase mais estável, em que a sua temperatura e o seu tamanho quase não se alteram, e apesar de não parecer, a energia que ele emite para o espaço também é pouca, explica o astrônomo Walter Maciel, em publicação do Instituto de Astronomia e Geociências da Universidade de São Paulo (IAG/USP).

Sabendo que essa fase de estabilidade se iniciou há cerca de 4,5 bilhões de anos, restam, então mais uns 6,5 bilhões de anos para o Sol continuar da maneira como é hoje. 

Depois desse período, a mudança acontecerá quando o hidrogênio do núcleo solar acabar. Sem energia, o núcleo não vai segurar o peso da camada externas. Vai sofrer um colapso e vai passar a queimar o hidrogênio dessas camadas, que vão se expandir de forma violenta e farão com que o Sol se transforme em uma estrela enorme, a gigante vermelha.

Só que esse hidrogênio também vai acabar. Então, o Sol vai passar a queimar o elemento Hélio para poder continuar gerando energia. Mas a instabilidade será tanta que a estrela vai perder suas camadas externas, que vão se expandir ainda mais.

Mas vai apagar ou explodir?

O Sol vai ganhar a “forma de um dos objetos mais bonitos que podemos observar: uma nebulosa planetária (imagem acima). Ela será muito brilhante, porque será iluminada pela parte que restou do interior do Sol, que é muito quente”, conta o astrônomo.

A partir daí, a estrela vai se esfriando gradualmente até se tornar uma “anã branca”, nome que se dá ao estágio após a morte de uma estrela, que fica pequena e sem brilho. Sem combustível para ter energia, logo o Sol vai alcançar outro patamar: o de “anã negra”, uma espécie de estrela cinza e invisível no céu, diz Maciel. Ou seja, ele vai apagar gradativamente. 

Entretanto, nem toda comunidade científica acredita que isso vá acontecer. Alguns acham que a massa do Sol não é o suficiente para queimar todo o hélio do núcleo, como afirma a astrônoma Karen Masters, da Universidade de Cornell, dos Estados Unidos. Para ela, a vida do Sol chega até a fase da nebulosa planetária. “O Sol não vai explodir nunca (embora muitas estrelas o façam)”.

Curiosidades do Sol

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