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Perdido em Marte da vida real: grupo simula experiência em vulcão e resultado empolga

Publicado 1 Set 2016 – 06:07 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Chegou ao fim a  Missão da Nasa que simulou vida em Marte para uma possível viagem espacial ao planeta no futuro. E, assim como os fatos do filme "Perdidos em Marte", com Matt Damon, o experimento levantou muitas questões sobre a real possibilidade de conseguir ir até o planeta vermelho.

Apesar das inúmeras críticas à produção, que teve que se adaptar ao cinema e acabou apresentando alguns erros científicos, o filme foi baseado em hipóteses formuladas pela própria Nasa, como a possibilidade da plantação de batatas em Marte, e mostrou diversos obstáculos a serem superados para conseguir enviar humanos ao planeta.

Foi exatamente esse o objetivo do experimento HI-SEAS, que se iniciou em agosto de 2015, e foi realizado com um grupo de seis pessoas, por um ano, no Mauna Loa, um vulcão isolado no Havaí, nos Estados Unidos.

Viagem a Marte

Os participantes ficaram em uma tenda de cerca de 350 metros quadrados, onde não tinham acesso nenhum ao mundo exterior para simular que estavam em Marte. A água era extraída direto do solo e chegou a quebrar. A equipe também teve 20 minutos de acesso à internet para descobrir quanto tempo levaria para mandar uma mensagem de Marte à Terra.

O grupo era formado pela cientista Carmel Johnston, comandante da missão, o astrobiólogo Cyprien Verseux, a física Christiane Heinicke, o engenheiro aerospacial Andrzej Steward , o arquiteto Tristan Bassingthwaghte e a médica e também jornalista Sheyna Gifford. Eles comiam em sua maioria enlatados e tiveram que usar roupas de astronautas se precisassem sair da tenda (como o traje usado por Matt Damon no filme).

A expedição humana foi quase um reality show, em que os participantes não tinha privacidade e tiveram que conviver com outras pessoas de forma muito próxima, dividindo quarto, cozinha, organizando tarefas e tentando lidar com os conflitos pessoais.

“Essa pesquisa é vital no momento em que for preciso escolher a equipe, descobrir como as pessoas se comportam de verdade em diferentes tipos de missões e lidar com o fator humano em viagens espaciais”, apontou Bassingthwaghte.

Todos sentiram saudades como se estivessem fora da Terra de verdade e não viam a hora de voltar. Mas, no geral, as observações serão úteis à Nasa. “Posso dar minha impressão pessoal, que é a de que a missão para Marte no futuro próximo é realista. Acredito que os obstáculos tecnológicos e psicológicos podem ser superados”, disse Verseux, como reportou o site de notícias americano da CBS.

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