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Vida extraterrestre? Astrônomos detectam sinal em planeta de outra galáxia

Publicado 1 Set 2016 – 05:18 PM EDT | Atualizado 14 Mar 2018 – 09:30 AM EDT
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O radiotelescópio russo Ratan-600 analisou uma estrela muito parecida com o Sol a 95 anos-luz de distância, em outra galáxia, e detectou um sinal de rádio classificado como ‘potente’ e ‘misterioso’ de um planeta que ronda essa estrela.

A reação inicial é de que poderia ser uma transmissão de inteligência extraterrestre, mas, com receio de provocar um alarme falso, os cientistas russos optaram por fazer uma análise minuciosa do que poderia ser esse fenômeno – tanto que o sinal foi recebido há mais de um ano, em 15 de fevereiro de 2015, e divulgado somente agora.

Sinal misterioso

Nikolai Bursov, que dirige a equipe de astrônomos que captou esses sinais, já deixou claro que é muito cedo para determinar a origem desse sinal.

Ele revelou detalhes técnicos: tratava-se de uma onda radiofônica que durou apenas 2 segundos, com comprimento de onda de 2,7 cm e frequência de 11 GHz (dentro da frequência usada por militares).

Para comprovar que se trataria de um sinal de inteligência extraterrestre, os cientistas repetiram os mesmos procedimentos, diversas vezes. Entretanto, o sinal não se repetiu.

A comunidade do SETI (sigla do Serviço de Inteligência Extraterrestre) deixou claro que esse sinal pode se tratar de qualquer coisa – pode ser um satélite que passou no local naquele momento, ou simplesmente a amplificação de um sinal natural.

O SETI tem uma escala que classifica descobertas desse tipo: de 0 (irrelevante) a 10 (muito potencial); este sinal recebido pelo telescópio russo atingiu escala 2.

Alienígenas mais avançados que nós

Seth Shostak, astrônomo do SETI, pensa diferente: acha que esse sinal pode, sim, dar indícios de vida alienígena.

Em entrevista à New Scientist, Shostak afirmou, inclusive, que a suposta civilização que teria emitido essa onda pode ser considerada mais avançada que a nossa. “Sua força é centenas de vezes mais que toda energia solar que chega à Terra”.

Isso, claro, tem uma explicação física. O planeta próximo dessa estrela faz o movimento de translação em um período de 40 dias (enquanto a Terra faz em 365 dias). Ou seja, está mais próximo do ‘Sol dele’ e deve ter uma temperatura média bem mais elevada que a Terra.

Por ser gasoso como o planeta Netuno, do nosso sistema solar, astrônomos o chamam de “Netuno quente”.

Outro cientista da área, Douglas Vakoch, presidente do METI International, que estuda possíveis comunicações com alienígenas, foi mais cético em relação a esse ‘sinal’. “Podemos especular o quanto quisermos sobre se há inteligência pelo cosmos”, disse Vakoch ao New Scientist. “Mas até que achemos algo interessante e façamos uma rigorosa checagem, nunca saberemos”.

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