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Sono ideal

Publicado 30 Jun 2016 – 05:48 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Dormir é um santo remédio, já diziam nossas avós. Elas estavam certas. Está provado cientificamente que uma boa noite de sono recupera energias e ajuda a convalescer de doenças. De repente, um bocejo e uma espreguiçada no meio do dia. Fique de olho: mais do que entediada, você pode estar dormindo mal. Dormir é tão importante para o descanso do corpo quanto para o processamento cerebral das informações armazenadas durante o dia. Também é essencial para a saúde emocional. O sono adequado repara as energias e ajuda, inclusive, na recuperação de doenças, cirurgias e traumatismos.

Algumas pessoas não dormem bem porque repousam menos tempo do que o ideal, outras porque sofrem de distúrbios do sono e alguns podem, ainda, ter ambos distúrbio e privação associados. O neurologista do Instituto de Medicina e Sono de Campinas e Piracicaba, Shigueo Yonekura assegura que dormir e sonhar são imprescindíveis para a saúde física, mental e bem estar. "Quando o sono é restaurador, acordamos com energia e motivação", observa.

Veja como a alimentação pode influenciar na qualidade do sono

Uma boa noite de sono está diretamente ligada à qualidade de vida. "Passamos cerca de um terço de nossa vida dormindo. Dormir bem é fundamental para nos manter acordado no dia seguinte de forma saudável, melhorar a qualidade de vida e até aumentar a longevidade", alerta Ana Estela Pereira, dentista especialista em distúrbios do sono.

É notório que as horas de sono vão diminuindo ao longo da vida. "Um recém nascido chega a dormir 17 horas. Os idosos geralmente dormem um pouco menos durante a noite e possuem uma tendência maior para cochilos durante o dia", analisa o Dr. Fábio Lorenzetti, otorrinolaringologista e especialista em Medicina do Sono. De acordo com o neurologista Shigueo Yonekura, é preciso observar bem essas sonecas. "Se ocorrem em exagero é sinal de que algo não vai bem com o organismo e com o sono do idoso", diz o médico.

O que dizer daquele cochilo depois do almoço? Sim, ele pode ajudar a refazer as energias para o restante do dia. Quase a metade do mundo faz a chamada "sesta", mas no Brasil não é um hábito, infelizmente. Os especialistas garantem que a temperatura corporal e disposição têm uma queda no meio da tarde, como um chamado biológico para o descanso. Portanto, uma sonequinha curta de, no máximo, 30 minutos pode ajudar - e muito - a retomar a disposição.

Se dormir de menos afeta o organismo, dormir demais não é a solução. "Quando o indivíduo fica na cama mais do que o necessário, pode sentir que o corpo está pesado e as articulações um pouco rígidas. Isso porque nossas articulações e músculos mantêm um funcionamento melhor de lubrificação articular e de reações metabólicas quando nos movimentamos. Se ficamos muito tempo parados, atrapalhamos estes processos", alerta o fisioterapeuta Claudio Cotter.

Entretanto, é bom lembrar que a quantidade de sono varia de indivíduo para indivíduo, influenciada pela genética de cada um. "Não existe fórmula para definir qual deveria ser a duração adequada de um bom sono. Cada um possui uma necessidade", observa Ana Estela Pereira. A singularidade precisa ser respeitada. "Cada pessoa tem seu tempo ideal de sono, mas a maior parte da população adulta precisa de sete a oito horas por dia", pondera o Dr. Yonekura.

Estudos da Universidade de Stanford asseguram que, para saber o quanto você precisa dormir, é necessário um treino específico. A sugestão é que comece dormindo as oito horas que se costuma calcular como ideais e procure acordar antes do horário em que normalmente acordaria. Ainda está cansada? Então não é o suficiente para você.

Vá fazendo o teste, aumentando o tempo do sono em alguns minutos, até que desperte bem disposta. O sono perfeito terá sido atingido quando seu reloginho biológico substituir o despertador. Você acordará naturalmente, no horário certo.

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