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Esfoliante com bolinhas destrói o meio ambiente; aprenda relação e como evitar

Publicado 11 Jul 2016 – 01:18 PM EDT | Atualizado 14 Mar 2018 – 09:30 AM EDT
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Fazer limpeza de pele é caro e requer tempo. Por isso, os esfoliantes de pele que são facilmente encontrados em farmácias fazem sucesso. Práticos, eles são muito usados para remover as impurezas da pele e é justamente por isso que grande parte deles contém bolinhas, que são micropartículas responsáveis pela esfoliação.

Plásticos nos oceanos

Estas bolinhas parecem inofensivas, mas tratam-se de micropartículas de plásticos que depois de usadas vão parar em rios, lagos e oceanos, porque são tão pequenas, que o sistema de tratamento de esgoto não consegue retê-las.

Contaminação de peixes

Ana Carolina Ribeiro, mestre em Ciências de Materiais pela USP e especialista em cosmetologia, explica que em grande quantidade, os microplásticos são capazes de desestabilizar a vida marinha, já que peixes confundem as partículas com alimento, ingerem e em alguns casos, morrem.

Além disso, é possível afirmar que até mesmo os seres humanos acabam consumindo indiretamente microplástico ou compostos tóxicos provenientes das partículas, já que peixes e frutos do mar que comemos podem ter sido contaminados no oceano.  

Danos ambientais

Pesquisa feita pela Universidade da Califórnia, nos EUA, e pela Universidade de Hasanuddin, na Indonésia, e divulgada em outubro de 2015 apontou que um quarto dos peixes vendidos nos mercados da Califórnia e da Indonésia contém partículas de plásticos.

E, infelizmente, a tendência é que os peixes continuem comendo plástico por engano se nada for feito para reverter o problema. Um comunicado do Fórum Econômico Mundial de Davos alertou em janeiro de 2016 que, em 2050, os oceanos terão mais detritos de plástico do que peixes.

Como reverter o problema?

O prejuízo ambiental causado por estas partículas é tão grave que, em dezembro de 2015, o presidente dos Estados Unidos Barack Obama sancionou a lei que proíbe o uso deste componente nos cosméticos.

As empresas norte-americanas têm até 2018 para eliminar o polietileno de todos os produtos, o que inclui pastas de dentes e outros produtos de cuidados com a pele.

Canadá e alguns países europeus também estão tentando criar leis que proíbam as empresas de usar estas micropartículas. No Brasil, ainda não existe nenhum avanço com o intuito de frear o uso do polietileno, mas Ana Carolina acredita que em breve a proibição chegue também ao Brasil.

Enquanto isso não acontece, ao comprar um esfoliante, leia a embalagem e certifique-se que ele não contém microesferas de polietileno em sua composição ou, então, faça esfoliantes caseiros que são mais baratos e não poluem o meio ambiente. 

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