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Síndrome dos ovários policísticos

Publicado 30 Jun 2016 – 05:43 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Pode parar de ler quem nunca teve uma queixa decorrente de oscilações hormonais. Elas são tormento de nove entre dez mulheres. Alterações físicas, dor de cabeça, inchaço, mudanças repentinas de humor, cólicas estelares e até problemas mais graves durante praticamente a nossa vida inteira, da pré-adolescência à menopausa. Tudo graças a pequenas células que, em maior ou menor dosagem, podem modificar - e muito! – o nosso corpo. Um exemplo disso é a síndrome dos ovários policísticos, um distúrbio descrito pela primeira vez em 1935, comum em 5 a 10% das mulheres em período fértil.

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Causado por altas quantidades de androgênio (hormônio masculino), o distúrbio, que também atende pelo nome de Síndrome de Stein Leventhal (nome dos cientistas responsáveis por sua identificação), gera desde o aumento de pêlos a diabetes e infertilidade. Indício um – você fez um exame de ultrassom rotineiro e, ao receber o laudo, notou, na região onde se depositam os óvulos, uma série de carocinhos ou cistos. A sentença: ovário policístico. Calma, a princípio, não precisa se desesperar. Saiba que 10 a 20% das mulheres passam pela mesma situação. Esses cistos nada mais são do que folículos em desenvolvimento, que deveriam se transformar em óvulos, mas não concluem o ciclo.

Se a mulher quiser associar a anticoncepção ao tratamento, pode tomar pílula. Por outro lado, se a questão maior é a infertilidade e ela deseja engravidar, o tratamento vai ter que ser direcionado para a ovulação


Pela ordem natural do organismo feminino, se pelo menos um desses cistos se transformar em óvulo todo mês, não há motivo para se preocupar, pensando que trata-se da síndrome dos ovários policísticos. A ginecologista Mariana Maldonado explica que a imagem pode ser apenas isso: uma imagem. "A menos que apareçam sintomas, os cistos são somente um achado. A mulher ver essa foto a vida inteira não significa necessariamente apresentar os efeitos do distúrbio", alega Mariana.

Sintomas

Já que a manifestação dos sintomas é tão importante na identificação da síndrome, vamos a eles. Indício dois – aumento de pêlos no corpo, pele demasiadamente oleosa, aparecimento de espinhas, ausência ou inconstância da menstruação – que levam à infertilidade –, obesidade e, em alguns casos, hemorragia uterina, denunciam uma possível síndrome de ovários policísticos.

"Quando nenhum dos folículos produzidos se forma, a pessoa deixa de menstruar. Assim, se a mulher sempre foi regular e começa a notar freqüentes alterações em seu ciclo, é bom fazer a avaliação, além de exames de sangue para afastar outros problemas, como os de tiróide", aponta o ginecologista Armando Fernandes. O quadro clínico se assemelha à hiperprolactinomia (aumento de prolactina, aquele hormônio que encadeia a produtora do leite materno) e alterações na glândula supra-renal, que sintetiza diversos hormônios.

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