Novas técnicas de reprodução assistida evitam gestações gemelares
Gestações gemelares são bastante comuns em tratamentos de reprodução assistida, mas já pode ser evitadas graças a técnicas modernas de transferência de embriões.
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Ginecologista do Grupo Huntington Medicina Reprodutiva, Claudia Gomes explica que hoje existem dois novos procedimentos que ajudam os médicos a selecionar um único embrião para ser transferido ao útero materno.
A especialista explica que uma das alternativas se baseia no modo de cultivo do embrião. "O embrião que está no quinto dia de cultivo, chamado blastocisto, tem melhores chances de se transformar em uma gravidez bem sucedida. Isso acontece porque se correlaciona à gestação natural, em que, geralmente, o óvulo depois de fecundado se fixa ao endométrio no quinto dia", esclarece.
A biópsia embrionária é a segunda técnica que ajuda a reduzir o risco de gestações múltiplas. Através dela é possível observar qual embrião é o mais apto a ser bem sucedido. "Uma análise cromossômica do embrião verifica se essas estruturas estão íntegras. Caso haja alteração em algum dos cromossomos, ele poderá não chegar a se fixar na parede intrauterina, e caso isso aconteça, a paciente pode sofrer um abortamento. Por isso, a integridade cromossômica é de suma importância para que, ao transferirmos um único embrião, a gravidez, de fato, se realize", destaca.
É essencial que o organismo da mulher esteja em boas condições para que o único embrião implantado possa originar um bebê. "Para a medicina da reprodução assistida, esses novos tratamentos são um passo importante, principalmente para evitar a gestação de gêmeos em mulheres que não procuram por isso. Do ponto de vista médico, é cada vez maior a chance de sucesso gestacional. Já para os pacientes, é uma chance maior de que tudo ocorra dentro do esperado para uma gravidez saudável", completa.