Histerossalpingografia: exame está mais rápido e menos incômodo

A histerossalpingografia é um tipo de raio-x que identifica com precisão possíveis obstruções e alterações das tubas, além de doenças do útero. Este exame é realizado há cerca de cem anos e, embora existam técnicas mais modernas, ele ainda é um dos mais eficientes na investigação das causas da infertilidade.

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Todos os meses, as mulheres têm 20% de chances de engravidar, taxa que cai para 5% após os 35 anos. Como a decisão do primeiro filho vem sendo cada vez mais adiada, muito casais procuram nas clínicas uma solução para as tentativas malsucedidas. Lembrando que um casal é considerado infértil após um ano de tentativas de engravidar.

Histerossalpingografia indica causas de infertilidade 

De acordo com a médica radiologista Vivian Schivartche, do Centro de Diagnósticos Brasil, o exame, tido por muitas mulheres como incômodo, consiste na introdução de uma sonda no colo do útero da paciente. As imagens da cavidade uterina e das tubas são obtidas com o auxílio do contraste e detectam possíveis anormalidades.

“Um dos principais avanços desse exame, que é realizado há mais de cem anos com sucesso, está relacionado à sonda empregada. Até pouco tempo atrás era necessário pinçar o colo uterino, provocando cólica e desconforto nas pacientes. Mais recentemente, passamos a utilizar sondas flexíveis e ultrafinas, que dispensam o pinçamento do colo do útero. Com auxílio da radiologia digital, o tempo de realização do exame também ficou bem mais rápido”, diz a médica.

De acordo com a especialista, se os exames que avaliam a fertilidade masculina não indicarem problemas e a ovulação e as taxas hormonais da mulher forem normais, outras causas de infertilidade devem ser investigadas, como malformações no útero, miomas, pólipos e alterações tubárias. “Esses problemas são diagnosticados unicamente através de exames de imagem. Embora os avanços tecnológicos permitam imagens de ultrassom e ressonância com muita clareza, o exame mais importante na avaliação das trompas (tubas uterinas) ainda é a histerossalpingografia. Por isso, temos nos empenhado cada vez mais em proporcionar o máximo de conforto possível para as pacientes”, finaliza.