null: nullpx
bebê-Mulher

Má-formação é a maior preocupação das gestantes

Publicado 30 Jun 2016 – 05:40 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
Compartilhar

A notícia da chegada de um novo bebê traz felicidades e também preocupações para a família, principalmente para a gestante. Como forma de amenizar esta tensão, as futuras mamães apostam na segurança dos resultados das ultrassonografias.

Leia também:

Dr. Eduardo Zlotnik, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein, afirma que a maior preocupação das gestantes durante o pré-natal é a má-formação. Para ter certeza de que está tudo bem com o bebê, algumas mulheres procuram repetir os exames. "Para diminuir a ansiedade, desde a primeira consulta pode-se orientá-las de que exames serão feitos ao longo dos nove meses, como triagem para detecção de algum problema", diz o médico.

Há, basicamente, três tipos de ultrassons feitos no pré-natal, além do Doppler. "Este é um recurso utilizado para avaliar fluxos, por exemplo, das artérias uterinas, a umbilical e até do cérebro fetal. Geralmente, é utilizado para avaliação do bem-estar fetal em gestações de alto-risco", explica o ginecologista.

A ultrassom comum calcula as medidas do feto e as relações entre elas, para saber se ele cresce adequadamente, além de avaliar a placenta e o líquido amniótico. Durante o primeiro trimestre é feito o primeiro exame morfológico. "Ele é realizado por volta da 12ª semana, para avaliar marcadores de má-formações. Os mais comuns são a translucência nucal (medida da nuca do bebê), o ducto venoso (vaso sanguíneo que conecta a veia umbilical à veia cava inferior do feto) e a presença do osso nasal", explica o obstetra.

Por volta da 22ª semana é feita o segundo morfológico. Este serve para fazer uma avaliação global da morfologia, ou seja, se está tudo normal e no devido lugar, por exemplo, boca, dedos, cérebro, coração etc.

Em gestações de baixo risco costuma ser realizados três ultrassons. "Um no início para avaliar a idade gestacional e número de embriões e os morfológicos do primeiro e segundo trimestre. E, caso necessário, outros são realizados", detalha Dr. Zlotnik. O médico conta que nos Estados Unidos apenas o morfológico é realizado. "O que pode ser suficiente para uma gravidez de baixo risco."

Realizar mais ultrassonografias do que o recomendado pelo médico, normalmente, não provoca danos à saúde da mãe ou do bebê, porém, algum resultado equivocado pode gerar grandes incômodos e preocupações. "Em todo exame existe o que chamamos de falso-positivo. Você pode ver uma imagem que nada significa, mas que traz dúvida à equipe médica. Isto gera novos exames, estresse e até procedimentos desnecessários. Está provado: exames desnecessários geram procedimentos desnecessários", afirma.

Dr. Zlotnik conta que desde o início da gestação o médico deve orientar sobre o que cada exame vai mostrar e as limitações de cada um deles. "É importante discutir os resultados com o obstetra, evite esta discussão com o ultrassonografista ou curiosos", recomenda. "Na maioria das vezes repete-se o exame. Como é a projeção de uma imagem que vemos, pode haver confusão. Peça ao médico uma indicação de um profissional conhecido e experiente. Faz toda diferença!", finaliza.

LEIA TAMBÉM:

Mitos da gravidez - Desvendamos as 15 maiores crenças populares que antecedem o parto

Terapias alternativas - Um Guia do Bem-Estar para equilibrar corpo e mente durante a gravidez

Compartilhar

Mais conteúdo de interesse