Exames podem prever 90% dos casos de síndrome de Down
Melina Cabral
Do Bolsa de Bebê
A gestação é um dos períodos mais importantes na vida da mulher e, nessa fase, a futura mamãe precisa tomar alguns cuidados especiais com a própria saúde e com a saúde do bebê.
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Alguns problemas e complicações podem surgir durante a gestação e, para realizar um diagnóstico precoce alguns exames são fundamentais. Entre eles, está a realização de exames de rastreamento não invasivos (exames de sangue e ultrassom), que identificam os riscos de o bebê nascer com alguma deficiência como Síndrome de Down e anomalia cromossômica.
Segundo o Dr. Javier Miguelez, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz, "o objetivo de realizar exames de rastreamento não invasivos é avaliar se existem possíveis síndromes ou má formação física, preparando a mãe psicologicamente caso haja alguma alteração".
O Dr. Javier Miguelez explica a importância dos exames para a saúde do bebê. "Eles podem rastrear até 90% dos casos de Síndrome de Down, por exemplo. Se surgir alguma alteração no resultado, não significa necessariamente que o feto tenha alguma doença genética, mas a investigação precisa ser mais aprofundada", esclarece ele. Nesses casos, exames mais específicos e invasivos são necessários como, por exemplo, a retirada do material fetal para a análise. "Estes procedimentos, porém, trazem um pequeno risco de 0,5 a 1% de causar aborto espontâneo ou prematuridade", afirma o ginecologista.
É importante que a futura mamãe faça o rastreamento mais de uma vez durante a gestação. Nos primeiros meses as complicações podem não aparecer nos exames. Por isso o acompanhamento é necessário e muito importante.
Os especialistas recomendam que os exames não invasivos sejam realizados no primeiro trimestre, período em que é possível diagnosticar 1/3 dos possíveis problemas, e que sejam repetidos no segundo trimestre, quando já se pode identificar 2/3.
Exames de rotina durante a gravidez são essenciais. Acompanhar de perto o crescimento do bebê é cuidar da saúde de mãe e filho. "Tudo o que é diagnosticado precocemente tem chances de cura muito maior do que aqueles diagnósticos tardios, por isso os exames rotineiros durante esse período são tão importantes", finaliza o Dr. Javier Miguelez.