Segundo filho é mais fácil que o primeiro?
Há quem diga que ter um segundo filho é mais fácil, já que os aprendizados da primeira gestação deixam a mãe mais tranquila. A pediatra Natasha Slhessarenko, do Delboni Medicina Diagnóstica, concorda. "Todos os medos, as ansiedades, as inseguranças já foram vividas com o primeiro filho, de tal forma que não são mais novidades e a mãe e o pai encaram de forma muito mais relaxada a experiência do segundo filho", afirma.
Segundo a médica, a grande preocupação de toda mãe é se seu filho vai ser saudável. Como já viveu isto numa gravidez anterior, na segunda este tipo de preocupação desaparece ou fica mais amenizada. Mas ela ressalta que uma gravidez pode ser diferente da outra e, por isso, novos problemas podem surgir."Estamos considerando que o primeiro filho tenha sido fruto de uma gestação normal e sem intercorrências e que não ocorra nada que possa tornar a experiência da gravidez do segundo filho diferente da do primeiro, como o nascimento ocorrer prematuramente, ou ser uma criança que tenha uma doença, pois, nesses casos, os medos e a ansiedade podem voltar a aparecer", explica.
Cuidados com o bebê
Em relação ao nascimento do bebê, ocorre o mesmo que na gestação. Como as experiências já foram vivenciadas mais de uma vez e não são mais novidades, a mãe já consegue realizá-las com mais desenvoltura. "O primeiro banho, os cuidados com o coto umbilical, a descida do leite, o choro, as trocas de fraldas, não assustam mais. Pode-se dizer que a mãe está mais preparada para estes cuidados, pois já teve o treinamento com o primeiro filho. Não diria que a mãe fica menos atenta, mas sim mais habilidosa e menos medrosa", diz.
Ela diz ainda que uma das grandes "paranoias" que acometem as mães de primeira viagem é o fato de querer saber o tempo todo se a criança está só dormindo. Para isso, muitas ficam observando o bebê, vendo seus movimentos respiratórios e colocando a mão próximo ao narizinho deles para sentir o ar. Todas estas neuras não costumam estar presentes nas gestações subsequentes.
No entanto, é preciso ter cuidado para não achar que já sabe tudo e relaxar demais com os cuidados. Uma falha grave apontada por ela é deixar de levar a criança ao médico mensalmente nos primeiros seis meses de vida. "As consultas nesta fase são fundamentais para o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê", afirma.
Além disto, deve-se manter a carteira de vacinação rigorosamente em dia, dar o banho de sol diário e as vitaminas e suplementos, caso tenham sido prescritos pelo pediatra.