Catarata em bebês: como diagnosticar e tratar

A catarata é uma doença geralmente relacionada aos idosos e muita gente não sabe que ela pode acontecer também com um bebê. Segundo o oftalmologista Bruno Guimarães Novaes, diretor médico do Hospital Oftalmológico Santa Beatriz (RJ), essa é maior causa de  cegueira na infância, mesmo havendo tratamento. 

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A estimativa mundial é de que cerca de 0,4% dos pequenos sejam atingidos pela  catarata  congênita. “Ela ocorre por alterações no formato do cristalino, impedido a passagem de luz”, explica. 

O que causa catarata

O médico aponta como possíveis causas para a doença as anomalias de desenvolvimento, o fator hereditário, a rubéola, a toxoplasmose e a sífilis materna. 

Não há  sintomas da catarata, por isso os pais devem ficar atentos e levar sempre seus bebês para consultas com um oftalmologista. O diagnóstico precoce, fundamental para evitar complicações irreversíveis, é feito através do exame biomicroscópico ocular.  “Normalmente é difícil e pode passar despercebido, já que o exame biomicroscópico poucas vezes é realizado em bebês”, diz o médico.

Tratamento para catarata

Mas, quanto mais cedo a identificação, melhor para o tratamento. Após o diagnóstico, é necessário fazer a  cirurgia de catarata que, quando realizada nas primeiras semanas de vida dos bebês, costuma apresentar resultados bem-sucedidos a curto e longo prazo. Além disso, contribui para um índice de complicações mais baixo e melhor recuperação das crianças.

No caso de cataratas parciais, é possível fazer um tratamento apenas com colírios midriáticos, oclusão e óculos especiais.