Mãe tira fotos do próprio parto em ângulo único e emocionante: como ela conseguiu?

É comum que pais e mães contratem serviços de fotografia para registrar o parto. O nascimento dos filhos é um dos momentos mais marcantes da família e, por isso, merece ser registrado com habilidade profissional. Lisa Robinson, da Califórnia (EUA), também quis eternizar o nascimento da sua segunda filha, Anora. Mas, por um ângulo inusitado: o da mãe. Fotógrafa profissional, foi ela quem registrou o próprio parto.

Fotos do nascimento: mãe registra próprio parto

Com um filho de 9 anos, quando conheceu seu segundo marido, Lisa tentou engravidar por três anos. No entanto, depois de viver dois abortos espontâneos, desistiu da ideia de ter um segundo filho.

Mas, pouco tempo depois de abandonar as tentativas, veio a surpresa: o teste de gravidez deu positivo.

Lisa é fotografa profissional. No entanto, seus trabalhos sempre foram retratos ou ensaios de casamento. Mas, de acordo com site americano Huffington Post, a ideia de fotografar o próprio parto surgiu quando ela ainda estava grávida.

Quando começou a sentir os sinais do trabalho de parto, Lisa e o companheiro se dirigiram ao hospital e, junto com a mala, a família levou também a câmera, objeto essencial para essa história se diferenciar de todas as outras. Os registros foram feitos desde a chegada ao hospital e preparativos para o nascimento de Anora até o contato pele a pele nas primeiras horas de vida e a primeira mamada.

Como a fotógrafa conta, mesmo no momento do expulsivo, fase em que as dores se intensificam, ela, embora tenha se desligado um pouco da câmera, continuou registrando os momentos, sem se importar com o foco ou o enquadramento.

Depois que Anora foi para os braços da mãe, a avó pegou a câmera e continuou registrando todos os momentos.

Relato de parto

Ao Huffington Post, Lisa forneceu um emocionante relato de parto. Veja na íntegra:

"Eu estava tendo contrações há uma semana. Então, às 3 horas, minha bolsa rompeu. Pegamos nossas coisas e a câmera e fomos para o hospital - felizmente não foi uma longa viagem.

Quando chegamos lá, eu estava tremendo com cada contração e, em determinado ponto, disse para mim mesma: 'não há nenhuma chance de eu conseguir segurar a câmera'. Entre as contrações, eu era capaz de tirar fotos do que eu via em torno de mim - a sala, os monitores, coisas assim. Mas a dor era intensa.

Eu tomei uma epidural [tipo de anestesia] e então eu senti que tinha muito mais controle sobre meu corpo. Eu fui tão sortuda. Eu estava em trabalho de parto por 14 horas, mas não parecia ser tudo isso. O tempo realmente voou, em parte porque eu tinha realmente bom controle da dor... E em parte porque o meu marido ajudou muito.

Perguntei ao meu médico logo no início: 'Tem algum problema se eu fotografar meu parto?'. Quando ele entrou na sala e viu que eu realmente tinha uma câmera na minha cara, acho que ele ficou maravilhado.

Tirei fotos enquanto ia empurrando [o bebê]! Quando eu estava pronta para fazer força, trazia a câmera para o meu rosto. Eu não sabia o que eu estava registrando no momento, e não sabia se alguma coisa estava sem foco. Mas isso me ajudou a concentrar.

Parte de mim temia que, ao tirar fotos, eu não estaria entregue ao momento. Mas eu estava totalmente lá. Eu estava tão presente quando ela saiu de mim...

Quando olho para trás, para estas fotos, eu me lembro exatamente como me senti. Eu posso reviver o momento e ver a minha filha nascer de novo.

Eu adorei ver o rosto do meu marido no momento em que ele viu a nossa filha pela primeira vez. Ele estava chorando. Ele estava tão feliz.

Eu sei que eu tenho sorte. Eu tinha um trabalho muito fácil e me entreguei.

Ter nossa filha foi realmente fácil. Ela é um doce. Ela dorme. Ela é um bebê feliz.

Tivemos contato pele a pele e eu amamentei imediatamente.

Minha mãe ganhou um presente. Eu lhe entreguei a câmera logo após receber Anora e ela começou a tirar fotografias!”

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