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Como dizer não aos filhos sem traumas

Publicado 30 Jun 2016 – 05:43 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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A responsabilidade dos pais em relação à educação de uma criança é um grande desafio que começa já na gestação e nos primeiros meses após a chegada do bebê. Uma das atitudes mais difíceis, e também mais importantes, é dizer 'não' e manter-se firme na decisão negativa na hora de  impor limites aos filhos. "Conforme a criança cresce, além de todos os cuidados que os pais devem ter com alimentação, higiene, saúde, sono e outros fatores, ensinando aos filhos amor, ética, responsabilidades e valores, é função também impor limites", afirma a orientadora educacional Daniele Vilela Leite, do Planeta Educação.

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Segundo ela, por causa do tempo tomado pelo trabalho por outros compromissos diários, muitos pais praticamente não veem os filhos na maior parte do dia e, para tentar suprir essa ausência, permitem que eles façam tudo o que quiserem. Além disso, muitos têm receio de serem tachados de  pais autoritários e conservadores, ou de reproduzirem uma educação repressiva como a que receberam. "Com isso, acreditam que estão educando adequadamente", diz.

Dicas para educar os filhos

Alguns cuidados são necessários antes de  dizer não para os filhos. A especialista ressalta que é preciso pensar bem, pois, uma vez decidida, a imposição deve ser mantida. "Ceder ao choro ou à chantagem fortalece ainda mais a criança, que cada vez mais irá insistir, chorar e  fazer birra, pois ela sabe que, ao final, conseguirá o que quer", explica. Ceder faz com que a criança cresça acreditando que as pessoas estão no mundo para realizar seus desejos. "A maior dificuldade nisso tudo é que fazer a criança entender que, enquanto ela ainda é pequena, pode ter alguns de seus desejos satisfeitos, mas que na escola e, futuramente, no trabalho, as coisas não serão assim".

Dizer não aos filhos é também uma forma de demonstrar amor, além de ensiná-los que a vida sempre irá impor limites o tempo todo. "Com isso, eles serão poupados de sofrimentos por serem mimados ou imaturos e, nos momentos de decepções e frustrações que surgirão ao longo de suas vidas, saberão como lidar e conduzir da melhor forma essas situações", afirma.

Se as decisões sobre os filhos não forem um consenso entre pai e mãe, é preciso conversar até chegar a um acordo para poder manter o bem estar e a  autoridade parental. Mas nunca na frente das crianças, pois, se elas percebem que os pais não estão se entendendo sobre determinada situação ou se percebem a vulnerabilidade deles, se sentem ainda mais fortes para conseguirem aquilo que desejam.

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