Que criança nunca sonhou em quebrar uma perna para usar gesso, colocar aparelho nos dentes com borrachinhas coloridas e usar óculos de grau? A nova geração tem ainda mais motivos para não querer tirar as lentes dos olhos. Além de protegerem contra os raios solares e tratarem diversas disfunções visuais, os óculos ganharam versões mais modernas, charmosas, divertidas e irresistíveis! A história dos “quatro olhos” definitivamente ficou para trás. Você vai querer voltar no tempo para experimentar um desses!
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De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), pelo menos 12% das crianças em idade escolar não enxergam bem. Dentre os distúrbios visuais mais frequentes nessa faixa etária estão a miopia, a hipermetropia, o astigmatismo e o estrabismo. Conheça cada um deles.
Miopia: “Caracteriza-se por um crescimento ocular maior que o normal que resulta em uma dificuldade visual para se enxergar ao longe”, afirma Sérgio Eduardo Marciano, oftalmologista do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Hipermetropia: “É o oposto da miopia. O crescimento ocular é menor que o esperado resultando em uma dificuldade de se ver de perto”, completa o especialista.
Astigmatismo: “O astigmatismo, por sua vez, é uma alteração na curvatura da córnea que pode provocar dificuldades de visão para longe ou perto”, revela o oftalmologista.
Estrabismo: “O estrabismo nada mais é do que um desvio dos olhos que costuma dificultar a visão. É facilmente tratado com o uso de óculos, tampão ou cirurgia”, revela o médico.
Quanto mais cedo a criança iniciar o tratamento, maiores as chances de um resultado mais rápido
As conjuntivites e obstruções do canal lacrimal também são muito comuns na infância. “Enquanto as primeiras dizem respeito a um processo infeccioso ou alérgico capaz de ser curado com limpeza dos olhos e colírios, as obstruções caracterizam-se por lacrimejamento, olhos avermelhados e secretivos, cujo tratamento pode ser clínico ou cirúrgico”, adianta o especialista.
A importância dos óculos
Com exceção das conjuntivites e da obstrução do canal lacrimal, os demais problemas visuais mencionados acima são tratáveis com o uso dos óculos. “Os resultados podem ser percebidos dentro de seis meses a um ano. Tudo dependerá do grau e da evolução da criança”, afirma o médico. Quanto mais cedo a criança iniciar o tratamento, maiores as chances de um resultado mais rápido. Por esse motivo, a primeira visita ao oftalmologista deve ser feita o quanto antes. “A medicina preventiva é a melhor opção. A criança aos seis meses já deve se submeter ao teste do olhinho, no qual o médico avaliará a córnea, o cristalino e o fundo do olho da criança”, afirma Sérgio.
Não precisa ter receios. Se alguma vez você hesitou em usar os óculos com medo de que seu grau fosse aumentar, o especialista desmente a crendice. “Apenas o crescimento ocular pode determinar o aumento do grau”, explica Sérgio. Deixar de usar os óculos por esse motivo pode sair caro: “A criança continuará apresentando dificuldades visuais, prejudicando muitas vezes seu rendimento escolar e podendo ampliar o processo ocular, aí sim, precisando de um grau maior para a correção do problema visual”, alerta o especialista.
O uso de lentes com graus inadequados também pode trazer sérios problemas aos pequenos. “Quando o grau está acima do necessário, a criança poderá sentir dores de cabeça, embaçamento visual e seu problema poderá ser agravado. Se estiver abaixo, a deficiência irá persistir e as dores de cabeça serão quase certas”, adverte Sérgio. Por isso, visitar o oftalmologista periodicamente é de extrema importância. Em casos mais graves, como de alguns estrabismos, as visitas devem ocorrer a cada quatro meses.