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O papel dos avós

Publicado 30 Jun 2016 – 08:15 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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É muito bom ser avó! Quem nunca escutou uma vovó coruja dando o seu relato sobre esta experiência?

Apesar de toda a mudança no contexto social - hoje muitas vovós são jovens senhoras que ainda estão inseridas no mercado de trabalho, que têm os seus compromissos sociais, namoros, viagens - ainda têm aquelas que ficam à disposição dos filhos e dos netos. E é sobre essas avós que são cuidadoras dos seus netos que gostaria de escrever.

A primeira e mais importante questão a ser considerada nesta situação é que a criança precisará de uma referência, isto é, alguém que possa de fato educá-la, orientá-la e atender as suas demandas no dia-a-dia. E se é a avó e o avô que estão com ela diariamente, eles precisam se ocupar desta função


Não é difícil que elas se sintam perdidas sobre sua função quando ficam boa parte do dia com a criança. Muitas abrem mão da sua habilidade como educadoras e acabam permitindo que as crianças façam (ou deixem de fazer) uma série de coisas importantes. Já escutei relatos como: "Eu fico com ele sim, afinal os pais precisam trabalhar, mas eles são os pais, então eles que devem educar!" Outra frase comum: "Já briguei muito com os meus filhos, já dei uns tapinhas, coloquei de castigo... Com ele é só brincadeira e mimo. Quero só curti-lo". Ainda existe um outro grupo que jura de pé junto que não faz as vontades e que ajuda a educar. No final o que acontece de fato é que desautorizam os pais da criança deixando-a fazer o quer.

Mas não são apenas os avós os incoerentes nesta história. Os pais muitas vezes não suportam vê-los chamando atenção dos pequenos, muitos desses pais não permitem que os avós exerçam sua autoridade sobre a criança e que estabeleçam uma rotina para ela.

Quando a família faz a opção de deixar a criança com os avós, seja porque acha mais saudável ou porque não pode arcar com uma babá ou creche, tudo tem que ficar muito claro. É importante lembrar que os avós não têm obrigação e por isso precisam ser vistos como parceiros nesta difícil tarefa de educar a criança. Educar aqui com um sentido mais amplo, considerando não só os valores morais e a saúde física, mas também a saúde emocional da criança.

A primeira e mais importante questão a ser considerada nesta situação é que a criança precisará de uma referência, isto é, alguém que possa de fato educá-la, orientá-la e atender as suas demandas no dia-a-dia. E se é a avó e o avô que estão com ela diariamente, eles precisam se ocupar desta função.

O que acontece muitas vezes é que os "avós cuidadores" se comportam apenas como avós. A criança que convive diariamente com eles não poderá compreender e aprender algo se os avós acabam afrouxando em várias situações, as quais os pais talvez não cedessem. Por exemplo: se num final de semana a criança não quer comer o que está sendo oferecido a ela, vale fazer uma comidinha especial - pois estamos falando de exceção. Agora se a criança almoça todos os dias na casa da avó, precisa ter uma dieta saudável e aprender a comer uma variedade de alimentos, não dá para ceder.

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