Colesterol infantil pode começar na gravidez

Cada vez mais as doenças de adultos passam a fazer parte do universo infantil. Obesidade, hipertensão, diabetes e  colesterol alto podem ser detectados nos primeiros anos e precisam de atenção em tratamento. A hipercolesterolemia (colesterol alto) pode começar ainda no ventre materno e é resultado de má alimentação durante o período gestacional.

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O que é colesterol?

O colesterol é uma gordura de origem animal essencial para o funcionamento do organismo. Cerca de 70% do nosso colesterol é produzido pelo nosso fígado, restando apenas 30% para a alimentação. O pediatra Moises Chencinski explica que o colesterol faz parte da formação dos hormônios esteroides, da síntese de ácidos biliares, além de ser precursor da vitamina D.

Essa gordura se divide em dois tipos: o  colesterol LDL (ruim) e o  HDL (bom). Quando em excesso, o LDL se deposita nas paredes dos vasos sanguíneos provocando entupimentos. Seu aumento pode estar relacionado a características familiares, genéticas e por hábitos alimentares ruins. Já o HDL age diminuindo as taxas de LDL no sangue.

Hipercolesterolemia começa na gravidez

Todo mundo nasce com uma pré-disposição ao colesterol alto. Uma alimentação rica em frituras, gorduras, pobre em frutas e fibras durante a gestação e nos dois primeiros anos de vida da criança, estimula a ação desse gene que favorece o aumento do LDL colesterol (o ruim).

“E essa criança, não só pode ter que conviver com esse problema pelo resto de sua vida, como também passa a transferir essa característica genética a seus descendentes. Assim surge a sombra de um quadro, cada vez mais frequente, que vem atingindo crianças cada vez mais novas: a  hipercolesterolemia familiar“, afirma o pediatra.

Colesterol alto em crianças

Crianças entre dois e 10 anos devem ter seus níveis de colesterol monitorados rotineiramente caso apresentem os seguintes históricos:

  • Pais ou avós com problemas arteriais antes de 55 anos para homens e 65 anos para mulheres;
  • Pais com colesterol total acima de 240;
  • Fatores de risco na criança como hipertensão, obesidade, diabetes, ter nascido pequeno para a idade gestacional, seguir uma alimentação inadequada e rica em gorduras saturadas