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Vacinas de bebês prematuros: o que muda?

Publicado 30 Jun 2016 – 05:43 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Mariana Bueno

Do Bolsa de Bebê

Um bebê prematuro é mais suscetível a diversas infecções, especialmente as respiratórias, por diversos motivos: imaturidade de seu sistema imune, falta de aleitamento materno, anemia, desnutrição, uso de medicamentos e também pelo próprio calibre reduzido de suas vias aéreas. Além disso, segundo o pediatra e neonatologista Renato Kfouri, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, a resposta a algumas vacinas em prematuros não é tão adequada quando comparada aos outros bebês. "Para que se obtenha uma adequada proteção, alguns esquemas são modificados e outras imunizações, específicas para eles, estão indicadas", explica.

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As principais diferenças são:

- Vacina contra a hepatite B: deve ser dada em quatro doses, ao invés de três doses, para que se obtenha uma proteção adequada.

- Deve-se empregar preferencialmente a vacina tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche) do tipo acelular, que oferece menor risco de reações.

- A vacina BCG, contra a tuberculose, só deve ser aplicada após o bebê atingir 2 kg de peso.

- A vacina contra o Rotávirus, causador de diarreias, só deve ser aplicada após a alta hospitalar

- A prevenção das infecções causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), causador de pneumonias e bronquite, deve ser feita com um anticorpo (palivizumabe) e está indicada para prematuros nascidos com menos de 32 semanas de idade gestacional. Ela deve ser aplicada durante a estação do vírus (de março a setembro).

Calendário de vacinação do prematuro

"É importante ressaltar que as vacinas não devem ser atrasadas, independente do peso da criança. Ou seja, o calendário deve ser seguindo conforme a idade cronológica da criança", afirma.

A recomendação é de que, além da imunização do bebê, a proteção indireta da criança através da vacinação daqueles que convivem com ela: pai, mãe, irmãos, avós, babás e profissionais da saúde. Coqueluche, gripe, sarampo, catapora e rubéola são exemplos de vacinas indicadas para essas pessoas. "O pediatra que presta assistência ao bebê prematuro normalmente recomenda este calendário específico e precisa estar atento às particularidade da imunização. Os pais também podem se informar através do site da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) onde o calendário do prematuro está disponível", diz.

Além das vacinas, há outros cuidados que ajudam a garantir a saúde do bebê prematuro, como estimular o aleitamento materno, evitar a precoce ida à escolas e berçários, não expor o bebê à fumaça de cigarro, lavagem frequente das mãos dos cuidadores e evitar ambientes aglomerados e contato com pessoas doentes. "As condições de suscetibilidade normalmente são mantidas no primeiro ano de vida e está diretamente relacionada à quão prematuro o bebê nasceu", finaliza.

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