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Leite materno pode ser fraco ou insuficiente?

Publicado 30 Jun 2016 – 05:43 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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O conselho dos especialistas é amamentar o bebê apenas com o leite materno até os seis meses de idade. Contudo, muitas mamães ficam com dúvidas na hora de alimentar os filhos. Afinal, será mesmo que o leite do peito é suficiente para a nutrição do bebê?

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Leite materno fraco

Segundo a neonatologista Renata Carolina Garcia Lamano, é comprovado que não existe leite fraco. A médica afirma que a qualidade do leite materno é a essencial para o bebê, mas que as mães acreditam que não quando a criança chora muito. Porém, não há relação.  "Nos primeiros meses o choro é a única forma de comunicação da criança. O bebê quer mamar a toda hora no início da vida porque ele está aprendendo a mamar, então pode se cansar e necessitar repouso antes de continuar a mamada", esclarece.

Outro fator que contribui para a mãe desconfiar do leite é quando o pequeno quer mamar o tempo inteiro. Mas há uma explicação: a digestão do leite materno é mais rápida que a do leite de vaca – aqueles, de fórmula infantil. Por isso a alta frequência de mamadas.

"O leite materno é melhor porque foi comprovado que contém 250 substâncias de proteção ao bebê. Apenas após o sexto mês a alimentação deverá ser complementada", diz Renata.

Bebê pode receber todos os nutrientes que precisa através do leite materno (Créditos: Thinkstock)

Leite do peito é insuficiente?

A maioria das mulheres produz a quantidade suficiente para alimentar seu filho, mas alguns problemas de adaptação no início do convívio com o bebê podem dificultar a amamentação. Se a criança não consegue sugar o seio com facilidade, a produção de leite pode diminuir.

"Esse fator contribui para a crença de que a mãe não produza leite suficiente. É extremamente importante que o bebê esteja bem posicionado para a amamentação, abocanhando bem aréola (mamilo) e o bico do peito. Assim a produção suficiente do leite estará garantida", ensina a neonatologista.

Mais do que a sucção inadequada, a insegurança e o nervosismo da mãe também podem prejudicar. Por isso a importância de se manter tranquila, já que relaxar ajuda a estimular produção de leite.

Alimentação durante a amamentação

Durante o período da amamentação, a mãe deve evitar o fumo, que pode diminuir a quantidade de leite, além de ser tóxico; doses excessivas de cafeína, que irrita o bebê e o deixa sem sono; e o consumo de álcool, responsável por destruir células nervosas e inibir a fome da criança, levando ao baixo ganho de peso. "Em relação aos alimentos, a mãe deve evitar principalmente os excessos alimentares e de condimentos que possam alterar o sabor e /ou o odor do leite, como o alho, a cebola, o nabo, a couve, o brócolis", finaliza Renata.

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