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Escolhendo a babá

Publicado 30 Jun 2016 – 08:15 PM EDT | Atualizado 2 Abr 2018 – 01:02 PM EDT
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Após meses de cuidados exclusivos com o seu pimpolho, é hora de voltar ao trabalho. Mas nem sempre é possível contar com parentes e amigos para cuidar do bebê. Contratar uma babá passa a ser uma boa alternativa. No entanto, deixar aquela criaturinha ainda tão frágil nas mãos de uma pessoa desconhecida não é uma tarefa fácil... Para não se arrepender mais tarde, é preciso que os pais tenham certeza da decisão pela babá e a escolha deve seguir critérios minuciosos, já que a troca constante de babás não é benéfica para o emocional da criança.

Hoje, é possível contratar babás via Internet, anúncios de jornais, recomendações de familiares e até mesmo através de empresas de agenciamento. Segundo os especialistas, qualquer que seja a opção escolhida pelos pais, é preciso que eles estejam presentes durante todas as etapas, tirando dúvidas, percebendo a empatia e escolhendo as melhores candidatas em consenso. De acordo com a diretora técnica da Unire, Ângela Correa, a babá deve atender a alguns pré-requisitos: "Ela deve ter boa postura e higiene, conhecimento do mundo infantil e boa vontade. Deve gostar de criança e esse gostar é um pacote que significa gostar do pequeno com dor de barriga, birrento, doente...", destaca.

E a experiência profissional? Para a psicóloga e coordenadora do espaço Criança em Foco, Fernanda Roche, isso não é prioridade. "A experiência conta, mas não deve ser a fundamental preocupação. Vontade de aprender, organização, paciência, bom-humor e empatia podem ser características ainda mais importantes, pois os demais requisitos podem ser trabalhados em um bom curso de formação", argumenta.

Visando ajudar nesse momento, o Bolsa de Mulher preparou um roteiro para ser usado durante todas as etapas de escolha da babá.

Primeiro momento: Definir objetivos

Antes de iniciar a procura pela babá, é preciso que os pais estabeleçam exatamente aquilo que desejam. A mãe precisa ter em mente as qualidades que quer na profissional bem como questões relativas ao próprio regime de trabalho, como folgas, salário, tarefas e horário de trabalho, além de traçar a idade, a escolaridade e os valores que deseja que a profissional tenha. Mas não se prenda a esse perfil a ponto de idealizar uma babá perfeita, pois ela não existe! "Muitas mães não abrem mão da perfeição. Desejam uma babá que não existe e querem esse protótipo do dia para a noite. Querem babás com folgas quinzenais, que trabalhem nos fins de semana e façam faxina. Mas essa não é a função da babá", esclarece a psicóloga e diretora da Escola que leva seu nome, Regina Elia.

Segundo momento: O telefonema

Definido o perfil da babá, é preciso fazer um primeiro contato com as candidatas, obter alguns dados pessoais e outras informações úteis. "Pergunte porque ela desejou ser babá, anote as razões dos afastamentos dos últimos empregos. Observe se ela cita os nomes das crianças de quem cuidou. Isso vai mostrar o grau de envolvimento que ela teve com a criança", recomenda a psicóloga do Espaço Criança em Foco, Fernanda Gorosito. Pergunte se a última patroa daria referências sobre ela e compare mais tarde. A vida pessoal da babá também é muito importante e perguntar sobre ela nem sempre é invasão de privacidade. Pergunte se ela tem filhos e a idade deles, com quem ficarão durante sua ausência, e até mesmo se tem namorado ou marido. Outras questões valiosas: se toma medicamentos ou faz algum tratamento, seu último salário e esquema de folgas. Se as respostas foram satisfatórias, marque uma data para a entrevista pessoal e não se esqueça de pedir os contatos de pessoas que possam dar referências sobre ela nos trabalhos anteriores.

Terceiro momento: Checar referências

Esse é o momento de checar as informações colhidas durante o telefonema e buscar outras para esclarecer durante a entrevista. É preciso pesquisar os antecedentes criminais na polícia e fazer uma busca com o nome completo na Internet. Segundo Regina Elia, é muito importante entrar em contato com as ex-patroas. "Converse com as ex-patroas para verificar a veracidade das informações colhidas com a babá. Elas sabem o quanto é difícil arrumar alguém de confiança. Além disso, se possível, vá a residência das babás. Toda medida de segurança vai fazer bem para a mãe, para o bebê e para a profissional", afirma. Se houver alguma resposta que contradiga o que a babá afirmou ao telefone, confronte com a resposta da ex-patroa e verifique sua reação.

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